Ficar só nas palavras não basta


Na matéria de capa desta semana, falamos sobre um assunto recorrente aqui no GeraçãoE: afroempreendedorismo. A mensagem, nesta edição, no entanto, vai um pouco além. Mostra, através das experiências dos entrevistados, a carência que o público negro tem para se encontrar nas marcas.
Na matéria de capa desta semana, falamos sobre um assunto recorrente aqui no GeraçãoE: afroempreendedorismo. A mensagem, nesta edição, no entanto, vai um pouco além. Mostra, através das experiências dos entrevistados, a carência que o público negro tem para se encontrar nas marcas.
Um texto, assinado por Júlia Fernandes, na página 5, é chocante. Estamos em 2018 e a produtora da formatura dela não tinha um barrete que se adaptasse aos seu cabelo black power. Como assim? Quantas pessoas se formaram antes da Júlia e tiveram de amassar os cachos por conta da passividade da empresa que fornece o produto?
A Júlia é do tipo que não se cala. Ela reclamou, discutiu e mudou o contexto em que ocupa. Um barrete foi feito especialmente para seu perfil e, daqui para frente, servirá de modelo. Pronto. Inclusão através de uma ação simples, que ninguém estava prestando atenção.
Há muitas empresas, no entanto, que usam do marketing para dizer que apoiam a diversidade, colocam pretos em suas peças publicitárias, mas, na prática, não atendem às necessidades reais do público. Ficar só nas palavras não basta.
Que o conteúdo desta edição desperte a preocupação com todos os clientes, independentemente de qualquer coisa, inclusive raça.
#século21

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