Robson Hermes

A Instor propõe soluções para processos demorados ou perigosos

Empresa de Porto Alegre cria robôs para automatizarem tarefas na indústria

Robson Hermes

A Instor propõe soluções para processos demorados ou perigosos

Quando se fala em robótica, a primeira coisa que vem à mente é a imagem de um objeto metálico que realiza movimentos autônomos, tal qual nos filmes. Mas, segundo Miguel Ignacio Serrano, 38 anos, e Giovani Geremia, 34, sócios da Instor Projetos e Robótica, essa ideia contempla apenas uma pequena parte desse segmento.
Quando se fala em robótica, a primeira coisa que vem à mente é a imagem de um objeto metálico que realiza movimentos autônomos, tal qual nos filmes. Mas, segundo Miguel Ignacio Serrano, 38 anos, e Giovani Geremia, 34, sócios da Instor Projetos e Robótica, essa ideia contempla apenas uma pequena parte desse segmento.
A Instor é uma empresa de robótica que trabalha para oferecer soluções que facilitam processos de trabalho das indústrias. Há 10 anos, atende clientes do setor de petróleo, gás, têxtil, sensoriamento, automação e controle remoto, mineração e, mais recentemente, agronegócio. O case foi apresentado durante a Universidia, evento em formato de palestras que aconteceu este mês em Porto Alegre durante o 13º Congresso de Gestão, Projetos e Lideranças, organizado pela PMIRS - seção gaúcha do Project Management Institute.
Vindo da Argentina, há 13 anos, Miguel é engenheiro eletrônico e possui mestrado em Automação e Controle. Giovani, natural de Bento Gonçalves, é graduado em Engenharia Mecânica e tem mestrado em Metalurgia.
"Uma combinação perfeita para fazer robôs", brinca Miguel. Os sócios descrevem um robô como um equipamento automatizado ou semiautomatizado, que realiza processos que seres humanos fariam de forma perigosa, insalubre ou repetitiva.
Giovani esclarece que a visão do grande público referente aos mesmos é fantasiosa. "O pessoal imagina um robô de Hollywood, daqueles com bracinho, perninha, olhinho e que trabalha apenas com inteligência artificial", descreve.
O norteador da maioria dos projetos é a solução de problemas que envolvam a segurança dos operadores. "Se uma indústria faz um processo demorado, perigoso ou desperdiça muita matéria-prima, a gente estuda o problema desse cliente e propõe soluções para automatizá-lo", exemplifica Giovani. A produtividade também pesa nas decisões e concepções dos projetos.
Os sócios se conheceram no laboratório de pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), onde participavam de um grupo de robótica. "Antes de pensarmos em abrir uma empresa, desenvolvemos equipamentos para testes do laboratório para a Petrobras. Então, nosso professor nos incentivou a procurarmos uma incubadora", lembra Giovani.
Nos primeiros quatro anos, a empresa ficava na incubadora de Informática da universidade. Em 2008, se formalizaram como empresa e, em 2012, se mudaram para o endereço atual, que fica na rua Santos Pedroso, no bairro Navegantes, em Porto Alegre.
Miguel faz a parte comercial da empresa. Por isso, ele frequenta feiras e visita empresas. "As empresas são sempre receptivas às soluções de robótica, embora nem sempre saibam que têm um problema", conta Giovani. Os principais mercados são Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Segundo Miguel, essa visão distante dos robôs prejudica a disseminação até para os que executam as tarefas mais específicas, como pinturas. "Hoje, para ter uma ideia, na indústria, a pintura ainda é feita de forma manual. Querer trocar um pintor por um androide é um pulo grande", explica Miguel. Para ele, a cultura da robótica anda a passos curtos, mas já tem seu público. "Vamos conquistando o mercado de forma bem gradual", torce.
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