Além de vencer o Monagas na noite de terça-feira, por 2 a 1, o Grêmio marcou um golaço fora de campo na Venezuela. Antes da partida em que garantiu a classificação para as oitavas de final da Libertadores da América, o grupo de jogadores se reuniu para fazer doações à população de Maturín. Em crise, o país sobrevive a um regime com escassez de produtos básicos de higiene, saúde e alimentação. O clube também deixou itens que trouxe a mais já para se prevenir de problemas na estadia.
No treino de segunda-feira, o Grêmio também doou isotônicos para um time de categoria de base que treinava nas cercanias do local onde estava a delegação. A reunião dos jogadores foi depois disso e atendeu a população em geral. "Chega a machucar o coração. Tivemos essa experiência já no ano passado. Recebemos pedidos para trazer remédio, água e papel higiênico. Trouxemos bastante coisa. O mundo precisa olhar um pouquinho mais para a Venezuela. O que nós vimos e sentimos aqui nos últimos três dias choca. Fizemos a nossa parte, mas não é suficiente. Ajudamos algumas pessoas, mas a coisa aqui está muito feia", comentou o técnico Renato Portaluppi.
De volta à Capital, o grupo começa hoje a preparação para a partida diante do Paraná, domingo, na Vila Capanema, pelo Campeonato Brasileiro. Portaluppi deve ter a volta do zagueiro Paulo Miranda e do lateral-direito Léo Moura, ambos recuperados de lesão.
O jogo pode ser o último de Geromel antes da Copa do Mundo. O zagueiro se apresenta na segunda-feira ao técnico Tite. Porém, a direção cogita pedir mais dois dias para que ele atue diante do Defensor, quarta-feira, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Já o meia-atacante Alisson, que deixou a equipe logo no início da partida contra o Monagas com problemas musculares, passará por exames hoje que definirão a gravidade da lesão.