A aversão ao risco no mercado internacional e a postura cautelosa do investidor com o cenário doméstico levaram o dólar ao seu maior valor ante o real em quase 10 meses na sexta-feira, dia 6. Lá fora, o temor dos efeitos de uma guerra comercial que se desenha entre EUA e China derrubou as bolsas de Nova Iorque e fortaleceu a moeda norte-americana ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,67%, cotado a R$ 3,3630, maior cotação desde 18 de maio do ano passado. Foram movimentados US$ 2,5 bilhões.
As indefinições da cena política interna, com relação à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o recrudescimento da tensão comercial entre EUA e China azedaram o humor da bolsa doméstica durante toda a sexta-feira. Internamente, as quedas em torno de 9% das ações da Eletrobras no pregão de hoje também contribuíram para a baixa local. No entanto, perto do final da sessão, o ritmo de queda arrefeceu, e a bolsa não só se recuperou como se firmou no patamar dos 84 mil pontos.
O índice à vista fechou em queda de 0,46%, aos 84.820 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9,704 bilhões. Na semana, o Ibovespa recuou 0,64%.