O corregedor nacional de justiça, ministro João Otávio de Noronha, divulgou nota em que afirma que a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) abriu processo para investigar a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A investigação surge a partir da manifestação da magistrada, em suas redes sociais, sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
No Facebook, Marília acusou a vereadora de estar "engajada com bandidos" e de ter sido eleita com ajuda da facção criminosa Comando Vermelho. O PSOL e a Associação Brasileira de Juristas para Democracia (ABJD) entraram com duas representações contra a magistrada.
Antes mesmo da abertura do processo, a desembargadora já havia enviado nota à CNJ dizendo ter repassado, "de forma precipitada", notícias que circulavam nas redes sociais. Marília ainda disse que, independentemente do que se conclua, "a morte trágica de um ser humano é algo que se deve lamentar, e seus algozes merecem o absoluto rigor da lei".
Os fatos ainda devem ser averiguados pelo conselho. Entre as punições possíveis de aplicação à desembargadora estão sua remoção compulsória da CNJ, seu afastamento do tribunal por um período de, pelo menos, dois anos e sua aposentadoria compulsória. Mesmo se for afastada, ela continuará recebendo pagamentos proporcionais a seu tempo de serviço.