Roberta Fofonka

Oca de Savóia aposta em inteligência artificial

Roberta Fofonka

Em 2012, Fábio Xavier, 42 anos, adquiriu a marca de pizzarias Oca de Savóia. De um empreendimento familiar com rodízio de pizzas, o negócio se transformou em um fast food de fatias, hoje com 37 pontos de venda - inclusive nos estádios Beira-Rio e Arena. Com uma carreira de 17 anos na extinta Esso, viagens pelo mundo e residência fora de Porto Alegre, ele decidiu voltar para se reinventar. Hoje, aposta na inteligência artificial para otimizar os processos com o uso de robôs e em disseminar informações sobre franquias.
Em 2012, Fábio Xavier, 42 anos, adquiriu a marca de pizzarias Oca de Savóia. De um empreendimento familiar com rodízio de pizzas, o negócio se transformou em um fast food de fatias, hoje com 37 pontos de venda - inclusive nos estádios Beira-Rio e Arena. Com uma carreira de 17 anos na extinta Esso, viagens pelo mundo e residência fora de Porto Alegre, ele decidiu voltar para se reinventar. Hoje, aposta na inteligência artificial para otimizar os processos com o uso de robôs e em disseminar informações sobre franquias.
GeraçãoE - Como você chegou até a Oca de Savóia?
Fábio Xavier - Em 2011, saí da Esso, tirei um ano sabático e quis voltar para Porto Alegre. Fui estudar. No meio disso, abri a Cardinalis, uma empresa de consultoria que desenvolvia projetos para franquias. Como eu era ligado à parte de planejamento de conveniência dos postos de gasolina, sabia bastante sobre o assunto. Um dos meus clientes foi a Oca e, em seis meses, comprei a marca e uma das lojas. Sabia que tinha de haver uma transformação.
GE - Quais foram as transformações desde lá?
Fábio - Três unidades ainda têm rodízio, e, em 2013, abrimos a primeira franquia. Tenho uma sócia que é nutricionista, a Mariana Abend Pires. Nos inspiramos nas maiores pizzarias fast food do mundo, Domino's, Pizza Pizza, Sbarro. Mas depois veio a frustração, porque não tínhamos como fazer igual. O gosto do brasileiro é diferente. Estudar tendências foi muito importante para otimização, padronização e saudabilidade. Aqui, as pessoas querem opções de massa integral, temos 25 sabores sem lactose e uma linha de saladas. E isso foi novo para mim, que trabalhava em uma multinacional, em que tudo é padronizado a nível mundial. Não se pode fazer pizza no Brasil como se faz nos EUA e na Europa. Centralizamos a produção de molhos em Veranópolis, com tecnologia de ultracongelamento com hidrogênio, em que não é necessário usar aditivos nem conservantes.
GE - Qual o diferencial de atuar em uma rede local?
Fábio - A rede local é melhor no carinho com o franqueado, proximidade, tecnologia. A cada 10 dias, há consulta de nutricionista na franquia e, uma vez por mês, visitas de apoio na parte de gestão. Numa rede global há menos cuidado. E a franquia une a necessidade de crescimento de uma empresa grande com a necessidade do pequeno de ter um negócio próprio.
GE - Como você usa inteligência artificial no seu negócio de pizzas?
Fábio - Temos um acompanhamento digital em que o sistema cobra o franqueado pelo padrão, que é controlado sem estar sujeito à falha humana, e robôs (bots) que buscam informações nos manuais para agilizar a operação. Muitas empresas vão viver a inteligência artificial como uma oportunidade, e todas as outras irão perder competitividade. Ela trouxe uma perspectiva diferente de relacionamento e gestão de rede. E, no nosso jeito brasileiro, serviço é proximidade. O bot substitui trabalhos manuais, e aí inteligência humana se sobressai.
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