Multiespaço une gastronomia e artesanato em nicho ainda pouco comum no município

Café, arte e floricultura se misturam em Sapiranga


Multiespaço une gastronomia e artesanato em nicho ainda pouco comum no município

Em uma simpática casa, de número 724, situada no bairro Centenário, em Sapiranga, a entrada chama a atenção. Portão e grades na cor verde-limão e fachada com o logo lateral na calçada instigam. Ao olhar para dentro, flores e artesanatos logo podem ser vistos e, à esquerda, há uma espécie de jardim, com mesas e cadeiras distribuídas.
Em uma simpática casa, de número 724, situada no bairro Centenário, em Sapiranga, a entrada chama a atenção. Portão e grades na cor verde-limão e fachada com o logo lateral na calçada instigam. Ao olhar para dentro, flores e artesanatos logo podem ser vistos e, à esquerda, há uma espécie de jardim, com mesas e cadeiras distribuídas.
Antes mesmo de entrar, algo curioso: o logo entrega que o projeto existe “desde 2016”. Com um ano e quatro meses, a Capim Limão foi fundada pelo casal Melina Mussi e César Borba. O estabelecimento começou de maneira tímida, com três mesinhas para verificar se o público abraçaria a ideia.
A Capim Limão é uma cafeteria, floricultura e espaço de artes de maneira geral. O local é aberto das terças-feiras aos sábados, das 11h às 22h. O espaço, que já foi reformado, suporta 90 pessoas. Oferecendo uma linha de cafés orgânicos, Melina, que é conhecida como Mel, conta que, por ter filhos celíacos, todo café disponível na Capim é livre de glúten.
FERNANDA SALLA/DIVULGAÇÃO/JC
Além de cafés, tortas e salgados, o local hoje oferece hambúrgueres e cervejas artesanais (são mais de 90 rótulos). A novidade do cardápio são os almoços executivos. Mel explica que as mudanças surgiram a parir das necessidades dos clientes. “É um mix de coisas que vêm dando certo”, enfatiza.
Ao observar o ambiente, é possível notar que a Capim prega valores de agradecimento e traz um clima acolhedor ao lugar. “O mundo está tão doente que a gente procura criar um ambiente de acolhimento, de amor, de transmitir uma palavra de carinho. Em um mundo tão cinza, a gente quer passar um pouco de cor”, revela a empreendedora.
Mel explica que a jornada empreendedora começou há cinco anos, quando o casal morava em Porto Alegre. Ela, que é advogada por formação, trabalhava no ramo do Direito, enquanto o marido tinha contato com a área de gestão de empresas. Foi com a descoberta da gravidez de gêmeos que os dois mudaram radicalmente de vida. Decidiram se mudar para uma cidade mais tranquila. Sapiranga foi escolhida.
Com a mudança, logo Mel observou um nicho de negócios: não havia nenhuma cafeteria na cidade. “Eu cheguei aqui e dizia para o César: ‘vamos sair, tomar um café’, e a gente não tinha lugar para ir”, revela. Foi a partir disso que investiram em uma cafeteria. A proposta era agregar algo que Mel sempre gostou de fazer: artesanato. Ela é responsável pela decoração de todo o local, além de fazer os vasos que são vendidos na floricultura.
De acordo com Mel, a Capim Limão sempre foi imaginada como um espaço aberto à cultura. Desde o surgimento, a prática de BookCrossing é realizada no local. Eles deixaram vários livros em uma espécie de tronco, e as pessoas deixam uma obra e pegam outra, disseminando conhecimento. A partir disso, foram criados piqueniques culturais e, atualmente, há pelo menos dois shows por semana, que ocorrem às terças e aos sábados.
Além dos eventos que visam ao lucro, uma vez ao mês, a Capim faz algo beneficente. Ela convida marcas independentes a exporem produtos aos sábados, dias de maior movimento. Parte do lucro é doado para instituições como a Liga Feminina de Combate ao Câncer ou APAE.

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