Maria Eugenia Bofill

A Surfari atua em três áreas: criação de conteúdo, eventos e venda de produtos

Surfe estimula mudança de vida e gera empresa

Maria Eugenia Bofill

A Surfari atua em três áreas: criação de conteúdo, eventos e venda de produtos

O administrador de empresas Lucas Zuch, 27 anos, abandonou o mercado de ações. Eduardo Linhares, 26, publicitário, deixou de lado o mundo das agências. O motivo? Ambos são apaixonados por surfe. Resultado: nasceu, em Porto Alegre, a Surfari, uma plataforma de conteúdo editorial e audiovisual sobre o esporte.
O administrador de empresas Lucas Zuch, 27 anos, abandonou o mercado de ações. Eduardo Linhares, 26, publicitário, deixou de lado o mundo das agências. O motivo? Ambos são apaixonados por surfe. Resultado: nasceu, em Porto Alegre, a Surfari, uma plataforma de conteúdo editorial e audiovisual sobre o esporte.
A ideia e o nome do negócio surgiram após o safari de surfe que Zuch e Linhares realizaram em 2008 na Austrália. Eles percorreram cerca de 10 mil quilômetros de uma costa a outra do país.
Na expedição, perceberam que o surfe transcende o esporte e torna-se um estilo de vida muito mais do que simplesmente as figuras de atletas e campeonatos divulgadas pela grande mídia.
"O surfe nos transformou em quem somos. Nos tornou pessoas melhores, nos proporcionou conviver com outras culturas, nos colocou em situações fora da zona de conforto. E a gente gostaria que mais pessoas entendessem essa atividade, que não é só um esporte, é muito mais abrangente", ressalta Zuch.
O Surfari começou em 2010 com um site sobre viagens, experiências, artigos, vídeos e receitas gastronômicas. Em 2012, através de entrevistas, levantaram perfis arquétipos de surfistas e, então, fizeram um manifesto sobre o esporte, o Reconhecendo o Surf.
 Zuch e Linhares, sócios da Surfari, hoje estão em viagem pelo Brasil para realizar a segunda edição do Reconhecendo o Surf
"O vídeo viralizou, porque o surfe estava sedento dessa informação. Começamos mostrando para o mercado que existe vida além do surfe alienado", conta Zuch. "Se mais pessoas surfassem, o mundo seria um lugar melhor."
É com esse mantra que a dupla toca o empreendimento. "Claro que não é todo mundo que vai pegar uma prancha e entrar no mar, mas se as pessoas se conectarem com esses valores, que são muito positivos, acreditamos que o mundo melhoraria um pouco", enfatiza Linhares.
Um dos objetivos do Surfari, que agora trabalha com mais quatro integrantes, é unir temas ao esporte. Assim, foram criados os manifestos Porque todo CEO deveria surfar e o Surf Criollo.
Em setembro de 2015, a dupla colocou até uma prancha no Laçador. "Queríamos mostrar que o surfe também faz parte da cultura gaúcha", enfatiza Linhares.
Atualmente, o Surfari trabalha com três braços: conteúdo (com um canal no YouTube, site e redes sociais), eventos (em janeiro deste ano foi realizado o Surfest, em Atlântida, com cerca de oito mil pessoas na beira da praia) e produtos (acessórios e roupas com um conceito outdoor).
Parte de uma geração que se baseia no imediatismo, os jovens empreendedores dizem tirar ensinamentos da experiência com a Surfari. "A gente fala que o surfe é uma metáfora da vida. Um dia tu pegas uma onda, no outro tu cais, no outro tu tomas um caldo, tu pegas uma onda boa e tem que voltar remando. Tem que estar sempre remando. Essa é a lição: empreendedorismo é consistência, continuidade e foco", acredita Zuch.
Hoje, ele e Linhares estão em viagem pelo Brasil para realizar a reedição do Reconhecendo o Surf. A dupla vai em busca de novas histórias de surfistas pela costa brasileira em uma jornada que vai durar cerca de três meses. A ideia é ir do Chuí ao Oiapoque.
Os detalhes do projeto podem ser acompanhados pelas redes sociais da Surfari ou pelo site www.reconhecendosurf.com.
Maria Eugenia Bofill

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