Startups, oportunidades e riscos

Atualizado em 14/04/2016 08:45

O empreendedorismo parte de uma ideia - original ou não -, que tem valor econômico ou social, que deverá escalar o mercado e ter repetibilidade de demanda. Esse é o mundo das startups, empreendimentos embrionários.
Algumas pesquisas apontam que o brasileiro é um povo empreendedor. Nestes tempos de economia recessiva, isso fica ainda mais evidente. Além dos jovens que têm uma natural sede de experimentar coisas novas, também pessoas experientes - muitas com carreiras profissionais desenvolvidas como colaboradores de empresas estabelecidas - partem para novos desafios.
O Brasil ainda é um País novo com problemas a serem resolvidos, com inúmeras necessidades não atendidas. Há trabalho a ser feito! Os mais atentos logo percebem as oportunidades desse contexto. Com uma ideia na cabeça, vontade de tentar algo novo e coragem para assumir riscos, os empreendedores vão à frente com a edificação de novos negócios, criando startups.
O maior risco, para o empreendedor inexperiente em tocar um negócio não está na iniciação do empreendimento, na concepção do produto que vá ao encontro de uma necessidade da sociedade, na abertura da nova empresa. Esse início, mesmo com algumas falhas de percurso, é o momento gostoso da empreitada, é onde a criatividade floresce, onde a ação toma impulso, quando o negócio ganha os holofotes. É a oportunidade se materializando.
O risco está mais adiante, quando já há um produto, ainda que mínimo, ganhando o mercado. Quando o modelo de negócio começa a ser, de fato, testado. Com a escalada, o empreendedor, bem-sucedido em sua caminhada inicial, vai descobrir que não bastava a boa ideia e a correspondente proposta de valor elaborada e validada. Aqui se inicia uma nova transformação, a da startup em uma empresa consolidada.
Será preciso deixar de lado a desorganização dos primeiros tempos - a flexibilidade então necessária, a estrutura funcional não definida, os processos imaturos. Chega a hora de organizar a empresa: de estabelecer uma estrutura funcional por competências, de mapear os processos que respondem por essas funções preservando o conhecimento do negócio, de cuidar das pessoas que vão sendo incorporadas ao empreendimento, com seu treinamento para tocar os processos e seu desenvolvimento para manter a sustentabilidade do negócio.
O empreendedor que iniciou explorando uma ideia útil deverá se tornar um executivo capaz de conduzir uma empresa. Assim, deve adquirir conhecimentos e expertise em gestão e desenvolver ou aperfeiçoar suas habilidades de liderança. Esse será seu novo desafio, seu novo empreendimento. Só assim passará de um empreendedor a um empresário bem-sucedido, mitigando os riscos e concretizando a oportunidade.
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 Robin Pagano, CEO da Star2Up, cr�dito Arquivo Pessoal  Foto: ARQUIVO PESSOAL/DIVULGA��O/JC

Robin Pagano

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