Mauro Belo Schneider

"A ideia de que podemos crescer infinitamente é muito pouco razoável. Quando a gente olha para a natureza, nada cresce infinitamente. Raízes não aguentam", compara Fred Gelli

Tendência: você sabe o que é a biomimética?

Mauro Belo Schneider

"A ideia de que podemos crescer infinitamente é muito pouco razoável. Quando a gente olha para a natureza, nada cresce infinitamente. Raízes não aguentam", compara Fred Gelli

O último CEO Fórum de 2015, realizado pela Amcham no Bourbon Country, em Porto Alegre, reforçou uma tendência para o universo empreendedor nos próximos anos: a biomimética. O conceito refere-se à área que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando à criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unindo funcionalidade, estética e sustentabilidade.
O último CEO Fórum de 2015, realizado pela Amcham no Bourbon Country, em Porto Alegre, reforçou uma tendência para o universo empreendedor nos próximos anos: a biomimética. O conceito refere-se à área que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando à criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unindo funcionalidade, estética e sustentabilidade.
Foi sobre esse tema boa parte da palestra de Fred Gelli, sócio da Tátil Design e um dos criadores da abertura dos Jogos Paralímpicos 2016. "A ideia de que podemos crescer infinitamente é muito pouco razoável. Quando a gente olha para a natureza, nada cresce infinitamente. Raízes não aguentam", compara ele, com o mundo dos negócios. "Existe uma sabedoria na natureza de regular o crescimento das coisas para que o coletivo se beneficie", complementa.
Gelli diz que o ser humano está diante de grande desafio evolutivo que outras espécies já tiveram no passado. "Havia um cenário confortável, se modificou e você é obrigado a se reinventar para seguir ou ser extinto. A natureza é impiedosa", justifica ele.
Veja outras similaridades traçadas por Gelli entre a natureza e as corporações:
A natureza é multicolor. Cada empresa vai ter que encontrar a sua cor. E essa é uma decisão divisora de águas. As marcas geram valor.
A empresa que não contribuir para a vida das pessoas deixará de ser relevante.
Acabou o tempo de fazer muito com muito. Estamos na era de fazer muito com pouco.
No fundo, a natureza não gosta de inovar, pois gasta energia. A inovação sempre surge com o contato da nova realidade.
Se as empresas não entendem que precisam assumir papel de protagonistas, se conectando com causas que gerem valor para a sociedade, o futuro corre o risco de não existir.
A principal motivação para esse movimento compartilhado é impulsionada pelo instinto de sobrevivência. Essa evolução não pode ser na direção "verde", pois entra em monotonia. A natureza depende da diversidade, isso é fortalecimento.
Temos que confrontar nossas competências com o novo cenário, encontrando nosso novo propósito.
Não adianta querer ser algo que a empresa não é.
As empresas têm de fazer como o ferreiro que fazia ferraduras e passou a fabricar peças de carros. Quem não se adaptou foi extinto "como espécie". A maioria das marcas fica ancorada nos sucessos do passado.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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