Leonardo Pujol

As vantagens e os riscos de empreender na sazonalidade da alta temporada

Temporada de verão aumenta os negócios no litoral gaúcho

Leonardo Pujol

As vantagens e os riscos de empreender na sazonalidade da alta temporada

A fórmula é simples: empreendedores buscam clientes – e no verão, boa parte deles está no litoral gaúcho. É por isso que todos os anos a prefeitura de Tramandaí incrementa cerca de 500 alvarás temporários aos 3.600 permanentes. Na alta temporada, a cidade de 42 mil habitantes chega a receber 500 mil pessoas. É preciso muito sorvete, canga e protetor solar para dar conta.
A fórmula é simples: empreendedores buscam clientes – e no verão, boa parte deles está no litoral gaúcho. É por isso que todos os anos a prefeitura de Tramandaí incrementa cerca de 500 alvarás temporários aos 3.600 permanentes. Na alta temporada, a cidade de 42 mil habitantes chega a receber 500 mil pessoas. É preciso muito sorvete, canga e protetor solar para dar conta.
Empreendedores com negócios permanentes em cidades litorâneas esticam os horários e ampliam a oferta durante a alta temporada. Há aqueles, porém, que preferem uma aposta sazonal - abrir um ponto de venda, faturar e, no fim do verão, fechar as portas. Nesse campo entram lojas de diversos segmentos, como roupas, comidas e acessórios, sem contar, claro, os clássicos ambulantes. "Nossa cidade tem vida todo o ano, mas muitos negócios só conseguem funcionar mesmo durante o verão", explica o secretário de Industria e Comércio de Tramandaí, João Carlos da Silva.
A história se repete de Norte a Sul, seja na praia do Cassino, Cidreira ou Torres. Em Capão da Canoa, a Churros Factory, marca que virou febre na Região Metropolitana, estacionou seu carrinho de churros gourmet no piso térreo do Shopping Lynemar. No local desde 15 de dezembro, a ideia é atrair consumidores apenas na alta temporada. “Nossa expectativa é excelente, já que vamos trabalhar com um produto tradicional do nosso litoral e que agora vem totalmente reformulado”, diz Rafael Wallau, fundador da Churros Factory.
Embora a fórmula do comércio sazonal pareça simples e transmita otimismo, cabe ressaltar os riscos. O estoque, por exemplo, "precisa ser bem calculado para o empresário não sair no prejuízo", de acordo com Fabiano Zortea, coordenador de projetos de varejo do Sebrae-RS. Outro ponto é o investimento. "Como o verão é um período curto, é preciso calcular com precisão se vai valer a pena o negócio. Não dá para ir apenas na raça", diz Mariana Notari, consultora empresarial da Saffi Consultoria.
Mas para quem quer fincar o pé de vez na região, e não apenas durante os meses de janeiro e fevereiro, motivos não faltam. Só na última década, a população do Litoral Norte aumentou 33,6%, segundo um estudo do Departamento de Economia da Pucrs. Xangri-Lá (51,6%), Arroio do Sal (46,8%) e Balneário Pinhal (45,6%) foram as que mais cresceram.
Esse aumento, segundo especialistas, acaba incentivando o crescimento econômico – mesmo na crise atual. Não é à toa que grandes empresas, como a marca de moda feminina Rabusch, a Lojas Americanas e a franquia de academias Team Nogueira, dos lutadores do UFC Minotouro e Minotauro, abriram unidades em Capão da Canoa, município cuja população cresceu 37,5% nos últimos dez anos.
>> A seguir, confira algumas dicas para empreender na estação:
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