No momento exato em que a Uber começou a operar em Porto Alegre, Guilherme Telles, gerente-geral do serviço no Brasil, era sabatinado pela equipe do
GeraçãoE e do
Jornal do Comércio. Eram 15h de quinta-feira (19) – uma tarde quente na Capital. Durante a conversa, Guilherme se mostrou confiante, mesmo com toda a polêmica que envolve o aplicativo. “Se a gente ceder às críticas, será um ato de covardia”, disse ele. A entrevista estará disponível na próxima edição impressa do GeraçãoE.
De acordo com Guilherme, as viagens serão feitas na modalidade Uber X, 30% mais econômica que o sofisticado Uber Black. O preço de partida custa R$ 3,00, somando R$ 0,25 a cada minuto e R$ 1,45 a cada quilômetro rodado. O valor mínimo da viagem é de R$ 8,00.
O pagamento é feito diretamente pelo cartão de crédito cadastrado no nome do cliente – não havendo troca de dinheiro nos carros. O passageiro ainda recebe, no final da corrida, um e-mail informando os detalhes do trajeto e do preço.
A previsão é que o serviço seja concorrido ao menos nos próximos dois meses. “Será natural ter mais demanda do que oferta nesse primeiro momento”, diz ele, que não especificou o número de carros atuando em Porto Alegre.
O Uber começou a funcionar agora em Porto Alegre, e o #GeraçãoE está com o gerente-geral da plataforma no Brasil, Guilherme Telles.
Posted by Geração E on Quinta, 19 de novembro de 2015
Para ser motorista na empresa, o candidato passa por uma série de verificações. Os selecionados, inclusive, podem ter outro emprego. Segundo Guilherme, a Uber pode ser uma forma tanto integral quanto parcial de renda. “Existe a liberdade e a flexibilidade para dirigir a hora que quiser e quando quiser”, diz.
Aos motoristas que começam hoje, a Uber ofereceu o desconto total da taxa de serviço cobrada (25%), além de incentivos aos que cumprirem determinadas metas. Para se candidatar, o motorista deve entrar no site
parceirospoa.com.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que regulamenta o serviço de trânsito na Capital, manifestou-se contrária à operação da Uber. Guilherme, no entanto, diz que está disposto a conversar com o Município para encontrar a melhor forma de conduzir o serviço. “Não somos motoristas de um serviço público, como os táxis. Somos motoristas de um serviço particular”, comenta ele, sobre a polêmica. Por enquanto, a EPTC trata a Uber como um transporte clandestino.
Porto Alegre é a quinta cidade brasileira a ter os serviços da Uber. “Queremos transformar a cidade num lugar melhor, com o motorista e o passageiro satisfeitos. Se estou cumprindo com minha missão, por que vou parar?”, questiona.
O app opera no Brasil desde maio de 2014, quando começou pelo Rio de Janeiro. Depois avançou por São Paulo (junho) e Belo Horizonte (novembro), até chegar em fevereiro deste ano em Brasília. No site da empresa, há vagas para funções operacionais e gerenciais para todas essas cidades, além de Recife, no Pernambuco, – que ainda não implantou o serviço.
Atualmente, a Uber conta com 700 mil usuários no Brasil e 7 mil motoristas cadastrados.
>> Amanhã, o Jornal do Comércio tará toda a repercussão do lançamento na Capital.