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19 de Julho de 2017 às 17:03
SERRA
Roberta Fofonka
GE
SERRA
Caderno de Inverno do Geração E
na foto: Raissa e Odete Bettu Lazzari, Osteria Della Colombina Foto: JONATHAN HECKLER/JC
SERRA
Caderno de Inverno do Geração E
na foto: Osteria Della Colombina Foto: JONATHAN HECKLER/JC
Roberta Fofonka
Osteria Della Colombina preserva a cultura da imigração
Mãe com quatro filhas transforma porão de casa em restaurante e reergue a família em Garibaldi
Roberta Fofonka
Osteria Della Colombina preserva a cultura da imigração
É no porão de um casebre azul claro, na Linha São Jorge, zona rural de Garibaldi, que se encontram as delícias da imigração italiana, feitas por Odete Bettú Lazzari, 67 anos. Junto às filhas Raísa, 28, e Rosângela, 43, ela comanda a Osteria Della Colombina - "osteria" é um termo italiano que identifica um local rústico, familiar, onde se come comida típica e se bebe vinho, para fins de lazer.
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É no porão de um casebre azul claro, na Linha São Jorge, zona rural de Garibaldi, que se encontram as delícias da imigração italiana, feitas por Odete Bettú Lazzari, 67 anos. Junto às filhas Raísa, 28, e Rosângela, 43, ela comanda a Osteria Della Colombina - "osteria" é um termo italiano que identifica um local rústico, familiar, onde se come comida típica e se bebe vinho, para fins de lazer.
A Osteria faz parte do grupo de negócios familiares que compõem uma rota importante do turismo na cidade, a chamada Estrada do Sabor.
O negócio delas nasceu em 2001. Há 20 anos, dona Odete se viu viúva, com dívidas, quatro filhas para criar e a propriedade de 13 hectares arrendada - elas ficavam só com 25% da produção de uvas do local. A solução para tudo isso estava no porão de casa, onde guardava conservas, salames, vinhos e instrumentos de trabalho. Após incentivo da prefeitura e consultorias do Sebrae, ela abriu as portas para servir as iguarias em uma única mesa comprida. Aos poucos, as refeições foram invadindo o galpão de chão batido e tijolo aparente, hoje unicamente dedicado à Osteria.
"Tem gente que diz que começa do zero. Nós começamos em menos que zero", conta dona Odete, responsável pelo preparo das receitas (que inclui até a manufatura das massas). Raísa cuida do atendimento e do administrativo, e Rosângela, da parte agrícola.
Com rodada única de sequência de oito pratos e mais as sobremesas a R$ 65,00, o restaurante só atende aos almoços sob reserva e comporta até 40 lugares. Raísa destaca que já tiveram visitantes de mais de 20 países diferentes e de todo o Brasil. "A gente quer proporcionar um momento especial para quem visita, não é um turismo massivo", justifica. Muita gente, normalmente, adentra a tarde na propriedade. Um dos atrativos, além da culinária, é o terreno de flores e árvores frutíferas à disposição dos visitantes e o tour de uma hora no sítio. "As crianças adoram o pátio, dá aquela choradeira na hora de ir embora", diverte-se a matriarca.
O serviço inclui a tradicional polenta brustolada com queijo, capelletti in brodo (sopa), carne lessa, nhoque, saladas variadas, conforme a horta, e fortaia, tradicional omelete italiano. Além disso, a casa produz os próprios sucos, licores, graspas e geleias com certificação orgânica - que são vendidos somente lá.
"Tem muito trabalho, mas é tão bom que parece um milagre", encerra a empreendedora.