Questiona-se sobre a real necessidade de mudança para um design único da placa de veículos do Mercosul, sob o argumento de diminuição no roubo e clonagem de veículos, visto que todas elas apenas se diferem pela tarja azul e um selo minúsculo no canto, identificando o país de origem. Um complicador foi a mudança na legislação com a Lei nº 12.403/11, transformando pequenos delitos (como o furto de veículo - pena de um a quatro anos) em penas alternativas, como fiança e trabalhos comunitários. Somente em flagrante delito ocorrerá a prisão. Mesmo assim, a tendência jurídica é dar liberdade ao meliante por não oferecer perigo à sociedade e não ter cometido crime com violência, sinalizando a impunidade e a reincidência. O atraso na implantação (mais de dois anos) das novas placas ocorre por falta da interconexão dos bancos de dados entre os países e até entre estados, para que pudessem acessar através do QR code impresso em cada licença, o qual dificultaria o roubo e o comércio ilegal e saber de multas e impostos devidos. Parece-me que este é o real motivo da implantação, pois permitiria a identificação e novos meios de cobrança de taxas devidas, tributos estes que se tornaram imorais devido à falta de contrapartida em qualidade da malha rodoviária, educação e de sinalização eficiente, resultando em estatísticas de acidentes e mortes no trânsito. (Mauro Nadruz, gestor em segurança pública e privada, analista e professor)
Triste porto
Calçadas sujas e esburacadas ocupadas por brinquedos, por cigarros contrabandeados e por CDs e do DVDs piratas. Paredes com cheiro de urina, contêineres mal cheirosos. O risco em cada esquina. O medo de sair à noite, da escuridão e do assaltante, adulto ou menino. Afinal, morre-se por um carro, por um celular e até por um par de tênis. Estranho lugar onde até o lixo é roubado. Cidade em que vereadores (as) recebem muito e fazem muito pouco. Manifestantes irritantes, que por reivindicações banais impedem o direito de ir e vir da cidadania. Motoristas estressados e mal educados, pressionados por um trânsito caótico, do engarrafamento bem planejado por placas muito repressivas e por sinaleiras excessivamente demoradas. Tua história derretida; o cobre em troca de crack. Meninos índios, descendentes dos verdadeiros donos da terra, esmolando pelas ruas do quase destruído Centro Histórico. Teu Carnaval agoniza, sem dinheiro até pra fantasia. Velho porto entristecido, quem foi que fechou teu sorriso? Quem foi que roubou tua alegria? Porto triste, reage e não permita a teus filhos e a quem recebeste com tanta hospitalidade, continuar assistindo a esta agonia. (Sérgio Becker, jornalista)
Imposto de Renda
Estou desempregado desde o final de 2016. Mas, tenho que fazer a Declaração de Ajuste Anual do IRPF de 2018. No entanto, não encontrei a minha situação, como desempregado. Nem a minha profissão, no programa da Receita que baixei. Como vou me declarar, então? Autônomo? Mas, autônomo sem atividade? (Rogério Ferreira, Porto Alegre)