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Coluna

- Publicada em 26 de Junho de 2012 às 00:00

Paraguai ainda instável


Jornal do Comércio
Com o impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, a situação do país vizinho em órgãos multilaterais como o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) ficou bastante instável. O país já foi suspenso do Mercosul como forma de protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros - o Equador, a Bolívia, a Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru. O Paraguai não poderá participar da reunião da cúpula do Mercosul esta semana e poderá também ser suspenso do Parlamento do Mercosul. A Unasul ainda não decidiu o futuro do Paraguai. A suspensão do país poderá durar até abril de 2013, quando ocorrem as eleições presidenciais paraguaias.
Com o impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, a situação do país vizinho em órgãos multilaterais como o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) ficou bastante instável. O país já foi suspenso do Mercosul como forma de protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros - o Equador, a Bolívia, a Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru. O Paraguai não poderá participar da reunião da cúpula do Mercosul esta semana e poderá também ser suspenso do Parlamento do Mercosul. A Unasul ainda não decidiu o futuro do Paraguai. A suspensão do país poderá durar até abril de 2013, quando ocorrem as eleições presidenciais paraguaias.
Sanção política
“A nossa posição é muito clara: não respeitar esse golpe institucional”, afirmou o deputado Elovino Bohn Gass, do PT, membro do Parlasul. Segundo ele, o que vai ocorrer é que os governos do Mercosul vão continuar não reconhecendo o novo governo paraguaio. “O não reconhecimento é uma forma de sanção, uma sanção política”, disse. Já o senador Paulo Paim (PT-RS) observou que já estão sendo estudadas sanções contra o país vizinho e que o fechamento de fronteiras é previsto nos acordos multilaterais. “Se a moda pega, em 36 horas, 40 horas, estaremos demitindo presidentes da República eleitos democraticamente pelo voto. E se foi eleito democraticamente, não pode o Senado, o Congresso, se reunir e do dia para a noite, simplesmente destituir um presidente. Isso mostra a fragilidade da democracia ainda na América Latina, o que preocupa a todos”. Mas, de acordo com o senador, mesmo sem punições econômicas formais, só os rumores do fechamento da fronteira já fizeram o movimento entre os dois países cair 10%.
Pedido de reconhecimento
O impeachment de Fernando Lugo gerou outro problema. Desta vez para os agricultores brasileiros que vivem no Paraguai. Os 350 mil brasiguaios já enviaram um representante ao novo presidente, Frederico Franco, para pedir apoio e segurança. Eles também encaminharam à presidente Dilma Rousseff um pedido de reconhecimento do novo governo paraguaio. “O presidente Franco nos deu garantias de que vai seguir a ordem da Justiça. Antes, não tínhamos garantia alguma. Agora é diferente. É isso que precisa ser compreendido”, disse o gaúcho Áureo Friguetto, que mora no Paraguai há 42 anos.
Transição nada pacífica
Parlamentares brasileiros estão bastante preocupados com a situação dos brasiguaios. A comissão da Câmara que trata dos brasileiros que residem no Paraguai já marcou reunião, e os deputados cogitam ir ao país para ver a situação. “Vamos ter que acompanhar de perto, pois essa transição parece que não vai ser pacífica, e temos que proteger os nossos conterrâneos”, disse Osmar Terra (PMDB-RS).
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