Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

Editorial

- Publicada em 26 de Junho de 2012 às 00:00

Castas salariais e 700 mil famílias na extrema pobreza


Jornal do Comércio
Em meio a celeumas no País sobre encontros não programados e cujo tema é motivo de versões as mais diversas entre atual ministro do Supremo, um ex-ministro do STF e um ex-presidente da República que não consegue deixar de palpitar em todos os assuntos da República, sejam eles do Executivo, Legislativo e, mais ainda, do Judiciário, surge uma luz para clarear a escuridão ético-moral que nos tira a visão do que é certo ou não. Trata-se da corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon. Para o cidadão comum ela tem sido um bálsamo para acalmar a revolta que toma conta da mente dos que labutam por um mês para ganhar um salário-mínimo, R$ 622,00 se for o piso nacional. Se for o piso estadual - um erro administrativo e que causa confusão – recebe R$ 700,00. Porém, mesmo não sendo a Índia, onde existem castas sociais e algumas estão proibidas de participar de eventos inclusive em escolas ou moradias com colegas de castas superiores, o Brasil tem segmentos sociais que talvez equivalem àqueles do distante país. Aqui temos as castas salariais. E coube a Eliana Calmon alertar para o que classificou de “oba-oba geral”, pois as assembleias aprovam equivalências salariais e assim o efeito cascata se multiplica, com gastos descomunais para o erário.
Em meio a celeumas no País sobre encontros não programados e cujo tema é motivo de versões as mais diversas entre atual ministro do Supremo, um ex-ministro do STF e um ex-presidente da República que não consegue deixar de palpitar em todos os assuntos da República, sejam eles do Executivo, Legislativo e, mais ainda, do Judiciário, surge uma luz para clarear a escuridão ético-moral que nos tira a visão do que é certo ou não. Trata-se da corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon. Para o cidadão comum ela tem sido um bálsamo para acalmar a revolta que toma conta da mente dos que labutam por um mês para ganhar um salário-mínimo, R$ 622,00 se for o piso nacional. Se for o piso estadual - um erro administrativo e que causa confusão – recebe R$ 700,00. Porém, mesmo não sendo a Índia, onde existem castas sociais e algumas estão proibidas de participar de eventos inclusive em escolas ou moradias com colegas de castas superiores, o Brasil tem segmentos sociais que talvez equivalem àqueles do distante país. Aqui temos as castas salariais. E coube a Eliana Calmon alertar para o que classificou de “oba-oba geral”, pois as assembleias aprovam equivalências salariais e assim o efeito cascata se multiplica, com gastos descomunais para o erário.
Felizmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para corrigir a distorção, estabelecendo rigorismo, tetos e anulando penduricalhos tão comuns e que se acumulam ano após ano.
Simultaneamente, o governo federal pôs em andamento uma operação para localizar os chamados miseráveis invisíveis do Brasil - aquelas famílias que, embora extremamente pobres, não estão sob o abrigo de programas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa-Família.
O Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu como meta encontrar e cadastrar 800 mil famílias até 2013. Porém, chegou à mesa da ministra Tereza Campello, em Brasília, um número bem acima do esperado: só no primeiro ano de busca foram localizados 700 mil domicílios em situação de extrema pobreza e invisíveis.
Considerando apenas o chefe da moradia, isso corresponde à população de João Pessoa (PB).
Se for levada em conta toda a família, com a média de quatro pessoas, é uma Salvador inteira – Bahia - que estava fora dos programas. O resultado da operação, conhecida como busca ativa, também surpreende pelas características dessa população: 40% das famílias invisíveis estão em cidades com mais de 100 mil habitantes.
Com o desdobramento e a análise das estatísticas, é provável que se constate que a maioria dos miseráveis invisíveis não está nos grotões das regiões Norte e Nordeste, como quase sempre se imagina, mas na periferia dos centros urbanos. Isso tem que ser resolvido. Agora, a possibilidade de acabar o teto salarial, com efeito cascata desde Brasília até a prefeitura mais pobre do País. O povo está cansado de malfeitos e da lerdeza em várias esferas dos poderes públicos. Moralidade e ética é o que se quer, e o fim de tanta desigualdade social e financeira.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO