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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 28 de Maio de 2012 às 00:00

Governo prepara pacote para os orgânicos


Jornal do Comércio
O governo federal está finalizando um pacote de medidas para incentivar a produção de alimentos orgânicos no Brasil. O plano, que deve ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff no Rio de Janeiro durante a conferência Rio+20, na segunda quinzena de junho, buscará criar condições para ampliar o volume de crédito para os produtores do setor, reduzir juros e atrair consumidores. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Orgânicos Biologicamente Sustentáveis (BrasilBio), José Alexandre Ribeiro, o pacote governamental já vem sendo discutido com representantes do setor. “É um projeto amplo, que envolve incentivos fiscais e financeiros, apoio à pesquisa e promoção dos produtos no mercado, abrangendo todas as nossas carências.”
O governo federal está finalizando um pacote de medidas para incentivar a produção de alimentos orgânicos no Brasil. O plano, que deve ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff no Rio de Janeiro durante a conferência Rio+20, na segunda quinzena de junho, buscará criar condições para ampliar o volume de crédito para os produtores do setor, reduzir juros e atrair consumidores. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Orgânicos Biologicamente Sustentáveis (BrasilBio), José Alexandre Ribeiro, o pacote governamental já vem sendo discutido com representantes do setor. “É um projeto amplo, que envolve incentivos fiscais e financeiros, apoio à pesquisa e promoção dos produtos no mercado, abrangendo todas as nossas carências.”
No Brasil, o setor de orgânicos chega a movimentar US$ 250 milhões por ano, sendo que 70% da produção é exportada, principalmente para os Estados Unidos e países da Europa. Em 2011, o mercado mundial de produtos orgânicos movimentou uma receita da ordem de US$ 55 bilhões. Atualmente, há cerca de 15 mil produtores orgânicos cadastrados no Ministério da Agricultura, número considerado baixo pelo setor. No entanto, segundo a Embrapa, a área plantada cresce em média 30% ao ano. “Hoje temos 2,8 milhões de hectares, incluindo tanto agroecologia quanto extrativismo sustentável”, lembra Ribeiro.
Uma das vantagens apontadas pelos agricultores que trocaram o plantio convencional pelo orgânico são os cortes nos custos de produção, devido à redução do uso de insumos. “Não gasto mais com adubos e defensivos, tudo o que preciso para a horta produzo aqui mesmo”, afirma Salvador Rosa da Silva, produtor agroecológico de Porto Alegre.
Em sua propriedade na zona Sul da Capital, Silva adotou o sistema de produção orgânico há 10 anos. Hoje planta hortifrutigranjeiros que comercializa na tradicional feira ecológica da avenida José Bonifácio, ao lado do Parque Farroupilha (Redenção). O interesse do público pelos produtos é crescente, segundo o agricultor. “A gente sente que o consumidor está cada vez mais interessado em produtos sem agrotóxicos, saudáveis.” No entanto, uma dificuldade para atração de um maior número de consumidores é o valor dos orgânicos em comparação com a produção convencional, que possui maior escala. “O sobrepreço varia de 30% a 50%, em alguns casos pode chegar até 100% nos supermercados”, comenta Ari Uriartt, o agrônomo da Emater-RS.
De acordo com o técnico, os produtores orgânicos no Estado se dividem em duas vertentes. Uma foca a comercialização de seus produtos nas redes varejistas e obtendo o lucro com a agregação de valor. Os demais, a maior parte agricultores familiares, investem no mercado local, em seus próprios municípios. “Eles vendem em feiras e fornecem para aquisições governamentais, como a compra de alimentos para merenda escolar”, explica Uriartt.
Em 2011, a Emater orientou e estimulou a adoção de práticas de manejo e produção de base ecológica em 321 dos 492 municípios atendidos pela empresa, tanto na área da produção vegetal quanto na área da produção animal. Foram atendidos 14.234 agricultores, que produziram 109.632 toneladas de alimentos orgânicos em 15.819 hectares.
Nas redes varejistas nacionais, a presença desses produtos nas gôndolas é crescente. De acordo com dados pesquisados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os orgânicos tiveram em 2011 um crescimento de 8% em sua comercialização no setor, alcançando R$ 1,12 bilhão em todo o País. Outra avaliação da pesquisa da Abras aponta que quase 90% das vendas de orgânicos são feitas por empresas de grande porte, com faturamento maior que R$ 100 milhões. Apenas as que faturam mais de R$ 1 bilhão são responsáveis por 60% da comercialização do setor. “O mercado de orgânicos tem apresentado um crescimento constante, com grande incremento de produtos, deixando de se limitar aos tradicionais hortifrutis. Nas grandes redes, a sua participação no faturamento é da ordem de 0,3% e tende a crescer.
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