Um paraíso a uma hora de Porto Alegre

Não dá para chamar de viagem, basta encarar a BR-116 até Morro Reuter, dobrar à direita na estrada para Santa Maria do Herval e, a meio caminho, ingressar no Paradiso. A norma é fazê-lo em sábados ou domingos, dias em que o restaurante serve seus almoços. A recomendação é que seja em um dia ensolarado, para que se possa aproveitar – com ou sem crianças – o conjunto de atrações que a casa oferece.

O contato com a natureza, uma deslumbrante vista para o vale, a exposição permanente de gatos de raça, aves, coelhos e outros animais, o amplo gramado à frente da casa, que recebe igualmente mesas de famílias inteiras tomando chimarrão, enquanto as crianças brincam em segurança, eis alguns argumentos a justificarem a escapada até lá.

Claro, ainda tem o restaurante, que desde que conheci o lugar – há quase dez anos – não para de ser duplicado, a ponto de ter atingido ao final de 2011 a marca de 200 lugares, afora as mesas ao ar livre. Dona Lucia, a matriarca, iniciadora de tudo isso, deixou aos filhos um legado de receitas que formam um estupendo bufê colonial, somando as culinárias de Alemanha e Itália. Para arrematar, circulam pelo salão garçons com bandejas de grelhados – polenta, picanha e filé mignon. Tudo custa R$ 48,00 (não há cobrança de gorjetas).

Há uma mesa com saborosa sopa de cappelletti e feijoada, um primeiro bufê com saladas (em torno de 20) e outro com os pratos principais (uns 15) e acompanhamentos. A maior parte dos ingredientes é produzida ali mesmo no sítio, ou na região. Uma advertência: não abuse, porque o bufê de sobremesas tem mais de 15 delícias com jeito caseiro, de compotas a tortas e doces, é impossível resistir.

Quanta gente precisa, por determinação médica, reduzir o sal na alimentação e como é costumeira a queixa de quem tenta, com relação ao sabor (ou a falta de) resultante de toda essa prudência... É onde entra a teoria defendia pelo Comitê Umami, organização que objetiva difundir o que considera o quinto gosto básico do paladar humano. A receita a seguir aproveita a conhecida técnica de cozer em pappillote, mas a combinação de ingredientes é que seria decisiva para conferir à iguaria o almejado sabor – sem abusar do sal.

Quem desejar mais esclarecimentos pode pedi-los ao e-mail desta página. A história do gosto Umami é bem interessante. Enquanto, experimente preparar o salmão. Bom apetite!