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Argentina

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2012 às 00:00

Feridos em Buenos Aires passam de 700


DANIEL GARCIA/AFP/JC
Jornal do Comércio
A batida de um trem de passageiros em uma estação de Buenos Aires deixou ao menos 703 feridos, dos quais 46 ainda estão internados, informou o governo argentino. O número de mortos no acidente de quarta-feira subiu para 50.
A batida de um trem de passageiros em uma estação de Buenos Aires deixou ao menos 703 feridos, dos quais 46 ainda estão internados, informou o governo argentino. O número de mortos no acidente de quarta-feira subiu para 50.
O trem se chocou contra uma plataforma da estação terminal de Once, no Centro da capital argentina. De acordo com o subsecretário de Direitos Humanos do país, Claudio Avruj, e o diretor da Defesa Civil, Daniel Russo, 11 mortos ainda não foram identificados - seis homens e cinco mulheres.
Em meio a ondas de críticas a falhas no sistema ferroviário, o governo argentino ainda tenta tranquilizar parentes que se aglomeram em hospitais e necrotérios em busca de familiares desaparecidos. Quase todas as pessoas mortas e gravemente feridas foram encontradas no primeiro e no segundo vagão da composição, que ficaram um sobre o outro. As autoridades ainda apuram as causas do acidente.
“Meu filho está em algum lugar, vivo ou morto”, afirmou María Luján, mãe de Lucas Menghini, jovem de 20 anos que está entre os desaparecidos. Outra mulher, identificada apenas como Estela, disse que procurava seu marido, Alberto García, mas que “ninguém sabe o que aconteceu com ele”.
O diretor do departamento de Material Circulante da empresa TBA, concessionária da linha Sarmiento, Roque Cirigliano, afirmou à imprensa que o serviço prestado nesse ramal “é aceitável”. Ele negou que a empresa não tenha realizado os investimentos necessários e afirmou que na TBA “há mais investimentos que em outras companhias”, mas não mencionou valores. O diretor é primo dos donos da empresa, os irmãos Claudio e Mario Cirigliano, que também possuem a concessão de outra linha no país, a Mitre.
Para a Auditoria Geral da Nação (AGN), organismo responsável pela fiscalização do Executivo, Leandro Despouy, “as condições estão dadas para que o Estado possa proceder a rescisão do contrato de concessão, porque o acidente foi uma consequência direta do descumprimento de normas básicas”.
Em entrevista a uma rádio local, Despouy relatou que, em 2008, a AGN realizou uma pesquisa sobre as concessões dos trens, mostrando “as deficiências apresentadas pelo serviço ferroviário dessa linha”. Ele disse que a situação era “desastrosa”, especialmente no que diz respeito ao sistema de freios.
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