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Opinião

Artigo

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2012 às 00:00

A violência do silêncio


Jornal do Comércio
Repercutiu na imprensa brasileira a notícia sobre a estudante norte-americana de 12 anos, acusada pela sua professora de crime de contravenção. Agora, ela terá que cumprir a ordem de comparecer a um tribunal. Em que pese a pouca idade para os padrões brasileiros, o fato é que, nos Estados Unidos, a lei permite que crianças acima de 11 anos sejam responsabilizadas pelas ações que cometem e isto se deve ao crescimento da violência na população cada vez mais jovem. O fato leva à reflexão a comunidade escolar nesta abertura de mais um ano letivo.
Repercutiu na imprensa brasileira a notícia sobre a estudante norte-americana de 12 anos, acusada pela sua professora de crime de contravenção. Agora, ela terá que cumprir a ordem de comparecer a um tribunal. Em que pese a pouca idade para os padrões brasileiros, o fato é que, nos Estados Unidos, a lei permite que crianças acima de 11 anos sejam responsabilizadas pelas ações que cometem e isto se deve ao crescimento da violência na população cada vez mais jovem. O fato leva à reflexão a comunidade escolar nesta abertura de mais um ano letivo.
Tendo a ser solidário, sobretudo, com os professores das escolas de Ensino Médio e Fundamental que se sentem afrontados por alunos com patologias graves e que tornam insuportável o cotidiano nas escolas. Estamos falando de pessoas que ameaçam, agridem, promovem desordem e agem sem limites. De estudantes agressivos, que usam a força para se impor ou que colocam a vida de professores e de toda comunidade escolar em risco.
Tenho defendido em palestras a professores o argumento de que eles precisam mesmo enfrentar pelas mãos da Justiça e da segurança formal, da Polícia Civil ou Militar, as situações de violência que vivenciam em seus ambientes de trabalho, mas jamais silenciarem por medo ou dúvida, receosos que geralmente estão da exposição pública de seus conflitos.
Defendo que os professores denunciem os atos de violência e responsabilizem os pais das crianças e dos adolescentes, enfrentando posições contrárias seja de onde venham, representando contra os mesmos na forma da lei. Os abusos existentes nas escolas norte-americanas não podem se multiplicar nas escolas do Brasil e, por aqui, temos que responsabilizar os pais antes de colocarmos crianças em tribunais ou vermos novas notícias de violência na comunidade escolar.
Só agindo assim os professores recuperariam parte do respeito e de sua cidadania. Quem silencia a violência que sofre comete uma violência ainda maior contra si mesmo. 
Professor da Universidade Federal do Pampa
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