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Mercado Financeiro

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2012 às 00:00

Rentabilidade baixa deixa fundos DI pouco atrativos


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
A queda da taxa Selic, fixada em 10,5% pelo Comitê de Política Monetária em sua última reunião, tem como consequência o barateamento do crédito, o estímulo ao consumo e aos investimentos no País, mas, também, influencia a remuneração de quem aplica seu capital. Muitos fundos, como os referenciados nos Depósitos Interbancários (DI), têm a Selic como sua principal referência e perdem força diante do arrefecimento dos juros. Dependendo da queda, a poupança pode chegar a ser mais vantajosa do que ativos com o DI como parâmetro, a exemplo dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Agentes do mercado, porém, não visualizam grande mudança na rentabilidade com o novo panorama.
A queda da taxa Selic, fixada em 10,5% pelo Comitê de Política Monetária em sua última reunião, tem como consequência o barateamento do crédito, o estímulo ao consumo e aos investimentos no País, mas, também, influencia a remuneração de quem aplica seu capital. Muitos fundos, como os referenciados nos Depósitos Interbancários (DI), têm a Selic como sua principal referência e perdem força diante do arrefecimento dos juros. Dependendo da queda, a poupança pode chegar a ser mais vantajosa do que ativos com o DI como parâmetro, a exemplo dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Agentes do mercado, porém, não visualizam grande mudança na rentabilidade com o novo panorama.
O professor de economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) Alfredo Meneghetti explica que mesmo tornando alguns investimentos menos rentáveis, a queda da Selic não tem impacto direto na poupança. Por isso mesmo, de acordo com ele, a poupança segue sendo menos atrativa quando comparada a outras opções tanto de renda fixa quanto renda variável. “Esse fato não deve trazer vantagens para caderneta de poupança, mesmo que essa aplicação tenha muitas vantagens, principalmente no que diz respeito ao recolhimento de Imposto de Renda, do qual é isenta”, diz.
Meneghetti, que também atua como consultor de finanças, esclarece que, no ano, o rendimento da poupança deve ficar em torno de 6% a 7%. Enquanto isso, o CDB, investimento mais popular entre os referenciados pelo DI, pode superar os 10%, mesmo com incidência do IR no momento do saque dos valores aplicados. O professor faz uma ressalva. Apesar de o CDB, assim como a poupança, não necessitar de taxa de administração (podendo ser contratado no banco do investidor), esse ativo deve render, pelo menos, 100% do DI para valer a pena. “O contrato solicitado deve render, no mínimo, 100% do DI, porque quando o cidadão conversa com o gerente, eventualmente não se combina esse percentual, o que é uma grande falha”, revela o professor. “Se não for combinado, o gerente vai dar 85% do DI, que renderia algo em torno de 7% a 8%, muito próximo à poupança”, completa.  
Além disso, Meneghetti ressalta que a relação entre investir na poupança e no CBD não deve levar em conta somente os fatores conjunturais da economia, a exemplo dos movimentos da Selic. Ele explica que o CDB é vantajoso para quem tem disponibilidade de deixar o dinheiro na aplicação por mais de três anos. Durante período mais curto, a poupança, em função do não pagamento tributário, constitui um investimento mais seguro e vantajoso.
Quando levada em conta a inflação, os investimentos em CDB apresentam ganho real superior à poupança. O professor de finanças do grupo Ibmec, Luiz Filipe Rossi, lembra que a poupança não é indexada à inflação e, por isso, mesmo com as taxas de juros em queda, quem investe em fundos DI e CDB e não se contentar com o rendimento deve migrar para outras aplicações. “Acredito em uma migração para bolsa, já que o investidor vai ter que aceitar mais risco para ganhar mais, e a bolsa nesse momento é um investimento bastante volátil”, observa.

Diversificar é caminho para escapar de impactos da Selic

No caso dos fundos que têm como referência o rendimento do DI, a taxa de administração, que varia entre 0,5% a 4,5% ao no nas instituições financeiras e corretoras de valores, pode fazer cair o desempenho quando somada à queda da Selic. Ainda assim, analistas de investimentos não enxergam a poupança com melhor rendimento diante tanto dos fundos, quanto de outros investimentos que sofrem menos impacto com a baixa dos juros básicos. A orientação, porém, é sempre buscar por bancos e instituições que cobrem, no máximo, 2% na taxa de administração.
O executivo da área de renda fixa e sócio da Magnum Investimentos, Tales Jost, afirma que uma boa estratégia para lucrar no atual cenário é diversificar os investimentos apostando em aplicações com taxas duplamente compostas. Como exemplo, cita investimentos com rendimentos pré-fixados e associados a outro indexador. “Títulos públicos e debêntures de empresas, que pagam uma taxa pré-fixada, como 6,80% ao ano, no caso dos títulos, mais o IGPM ou o IPCA, projetados a 4,5% a 5% ao ano, já resultam em um desempenho melhor que a  própria Selic”, destaca. Ele acrescenta que os fundos DI também podem ter esse tipo de composição pré-fixada, que sempre dá alguma segurança ao investidor. 
O assessor de investimentos da Monte Bravo Alexandre Provenzano ainda acrescenta os fundos imobiliários e Letras de Crédito Imobiliários (LCI), ambos isentos de imposto de renda e mais rentáveis que a poupança no momento e com taxas de administração mais atrativas em relação aos fundos DI.  Ter mais de uma aposta também é uma saída apontada pelo assessor para fugir aos movimentos pontuais do mercado. “A Solução é procurar diversificar os investimentos e não ficar exposto só a um tipo de risco, para ganhar tanto numa forma de aplicação quanto na outra”, sentencia Provenzano.

Walmart registra crescimento nas vendas e queda no lucro líquido, aponta balanço 

Mesmo com alta de 6% na receita - devido ao aumento nas vendas e no número de sócios da bandeira atacadista Sam’s Club -, a gigante varejista Walmart fechou o ano fiscal encerrado em 31 de janeiro com queda de 4,2% em seu lucro líquido. Os aumentos nos custos, especialmente nos de combustíveis, reduziram a margem da rede. Segundo balanço divulgado ontem, a empresa lucrou US$ 15,7 bilhões contra US$ 16,4 bilhões no ano fiscal anterior.
O lucro diluído por ação foi de US$ 4,54, alta de 1,1% na mesma base de comparação. Os acionistas receberam de volta, segundo a empresa, US$ 11,3 bilhões na forma de dividendos e recompras de ações. A empresa recomprou, ao longo do ano fiscal, 115,3 milhões de ações, por US$ 6,3 bilhões. Deste total, 22,9 milhões de ações foram recompradas no quarto trimestre fiscal, por US$ 1,3 bilhão. Além disso, a empresa pagou US$ 5 bilhões em dividendos, sendo US$ 1,2 no último trimestre.
No quarto trimestre fiscal, também encerrado em 31 de janeiro, o tombo foi ainda maior: 14,7%. O lucro líquido caiu de US$ 6,06 bilhões para US$ 5,16 bilhões no confronto com igual período do ano anterior. O lucro por ação foi de US$ 1,50, queda de 11,8 % em relação aos US$ 1,70 registrados na mesma base de comparação.
O Walmart encerrou o ano fiscal com US$ 10,7 bilhões em caixa, ligeira redução em relação ao período anterior, em que registrou US$ 10,9 bilhões. O fluxo de caixa não é considerado um dado financeiro oficial segundo as Normas Gerais Aceitas da Contabilidade (GAAP, na sigla em inglês) nos EUA, mas é informado, segundo a empresa, por ser um indicador importante para avaliar o desempenho financeiro.
“Esperamos que os rendimentos diluídos por ação de operações contínuas atribuíveis ao Walmart fiquem entre US$ 4,72 e US$ 4,92”, afirmou o vice-presidente-executivo e diretor da empresa, Charles Holley, em comunicado.
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