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CONJUNTURA

- Publicada em 25 de Setembro de 2009 às 00:00

Déficit nas contas externas deve chegar a 20% neste ano


Jornal do Comércio
O Banco Central (BC) elevou em 20% a projeção oficial para o déficit em transações correntes em 2009, que registra as transações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior. Essa estimativa passou de um resultado negativo de US$ 15 bilhões para um saldo também negativo de US$ 18 bilhões. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Altamir Lopes, a piora nas projeções reflete a recuperação da atividade econômica no País, o que aumenta o volume de importações e eleva o gasto de brasileiros no exterior.
O Banco Central (BC) elevou em 20% a projeção oficial para o déficit em transações correntes em 2009, que registra as transações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior. Essa estimativa passou de um resultado negativo de US$ 15 bilhões para um saldo também negativo de US$ 18 bilhões. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Altamir Lopes, a piora nas projeções reflete a recuperação da atividade econômica no País, o que aumenta o volume de importações e eleva o gasto de brasileiros no exterior.
O déficit da conta-corrente do balanço de pagamentos em agosto foi de US$ 821 milhões, determinado pelo saldo negativo na conta de serviços e rendas, que fechou o mês em US$ 4,111 bilhões. Esse valor foi parcialmente compensado pela balança comercial, que acumulou superávit de US$ 3,059 bilhões no mês. Houve ainda transferências unilaterais correntes para o Brasil, de US$ 230 milhões. Com isso, de janeiro a agosto, a conta-corrente acumula déficit de US$ 9,560 bilhões, o equivalente a 1,21% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2008, o saldo negativo era de US$ 20,123 bilhões, ou 1,92% do PIB. Altamir também informou que o BC espera que a conta-corrente do balanço de pagamento deve fechar setembro com déficit de US$ 900 milhões.
Sobre a piora nas expectativas para o ano, o chefe do Depec deu como exemplo o aumento de despesas como aluguel de equipamentos e pagamento de seguro no exterior, além da expectativa de aceleração das despesas com viagens internacionais. Ao mesmo tempo, ele lembra que o aquecimento da economia deve garantir lucratividade maior às multinacionais, o que tende a resultar em maiores remessas de lucros e dividendos.
Da mesma forma como em agosto, a piora na previsão para o ano foi determinada pela conta de serviços e rendas, cuja projeção de déficit para o ano piorou de US$ 38 bilhões para US$ 48 bilhões. A estimativa para o superávit comercial foi ampliada, mas insuficiente para compensar a piora do item serviços e rendas. Na avaliação do BC, o saldo do comércio exterior deve fechar o ano positivo em US$ 27 bilhões, ante estimativa anterior de superávit de US$ 20 bilhões.
O BC também divulgou, pela primeira vez, a estimativa oficial para as contas externas em 2010. Na avaliação da autoridade monetária, a conta-corrente terá déficit de US$ 29 bilhões, sendo que a conta de serviços e rendas terá saldo negativo de US$ 51,5 bilhões e a balança comercial acumulará resultado positivo de US$ 19 bilhões.
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