Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

editorial

- Publicada em 25 de Setembro de 2009 às 00:00

Cartão de crédito é a explosiva paixão nacional


Jornal do Comércio
No auge da sua popularidade, o comediante estadunidense Jerry Lewis – que fez dupla com Dean Martin - aparecia em um filme mostrando sua carteira com pelo menos 15 cartões de crédito, nos anos de 1960, quando o chamado dinheiro de plástico ainda não havia chegado ao Brasil. Hoje, quem não tem pelo menos um cartão de crédito? A tendência é de três ou quatro cartões para cada brasileiro com renda. No entanto, após o encanto, as facilidades e o charme inicial que marcaram os possuidores de cartões de crédito, o questionamento chegou. O parcelamento para quem não paga à vista tem juros altos, em torno dos 10% ao mês. Os comerciantes que aderem aos cartões também reclamam das taxas cobradas. O presidente do Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roberto Alfeu Pena Gomes, declarou que o comércio vem fazendo um trabalho de corpo a corpo com parlamentares para acelerar o novo marco regulatório para o setor de cartões de crédito. “O cartão de crédito é importante, mas não pode acabar com o dinheiro do brasileiro”, segundo Roberto Alfeu Pena Gomes. O Banco Central informa que o uso de crédito rotativo, o parcelamento com juros e os saques somaram R$ 14,56 bilhões em julho, um recorde histórico. No mês, 28,3% das transações tinham atraso superior a 90 dias. Apesar de o juro do cartão - hoje em 237,9% ao ano - ser mais alto que o do cheque especial, a participação dessa modalidade nos empréstimos só cresce. A cada R$ 4,00 tomados pelas pessoas físicas, R$ 1,00 é no cartão. A grande novidade da nova regulamentação será mesmo a criação de um ambiente de competição. Atualmente, uma loja só pode aceitar pagamentos com o cartão Visa, por exemplo, se fizer contrato com a Visanet. Cada bandeira tem sua própria credenciadora, com contratos e condições distintas, o que inviabiliza a concorrência. Nós, gaúchos, ainda temos o Banricompras, um sucesso.
No auge da sua popularidade, o comediante estadunidense Jerry Lewis – que fez dupla com Dean Martin - aparecia em um filme mostrando sua carteira com pelo menos 15 cartões de crédito, nos anos de 1960, quando o chamado dinheiro de plástico ainda não havia chegado ao Brasil. Hoje, quem não tem pelo menos um cartão de crédito? A tendência é de três ou quatro cartões para cada brasileiro com renda. No entanto, após o encanto, as facilidades e o charme inicial que marcaram os possuidores de cartões de crédito, o questionamento chegou. O parcelamento para quem não paga à vista tem juros altos, em torno dos 10% ao mês. Os comerciantes que aderem aos cartões também reclamam das taxas cobradas. O presidente do Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roberto Alfeu Pena Gomes, declarou que o comércio vem fazendo um trabalho de corpo a corpo com parlamentares para acelerar o novo marco regulatório para o setor de cartões de crédito. “O cartão de crédito é importante, mas não pode acabar com o dinheiro do brasileiro”, segundo Roberto Alfeu Pena Gomes. O Banco Central informa que o uso de crédito rotativo, o parcelamento com juros e os saques somaram R$ 14,56 bilhões em julho, um recorde histórico. No mês, 28,3% das transações tinham atraso superior a 90 dias. Apesar de o juro do cartão - hoje em 237,9% ao ano - ser mais alto que o do cheque especial, a participação dessa modalidade nos empréstimos só cresce. A cada R$ 4,00 tomados pelas pessoas físicas, R$ 1,00 é no cartão. A grande novidade da nova regulamentação será mesmo a criação de um ambiente de competição. Atualmente, uma loja só pode aceitar pagamentos com o cartão Visa, por exemplo, se fizer contrato com a Visanet. Cada bandeira tem sua própria credenciadora, com contratos e condições distintas, o que inviabiliza a concorrência. Nós, gaúchos, ainda temos o Banricompras, um sucesso.
“O comércio já virou refém da Redecard e da Visanet”, afirmou Roberto Alfeu Pena Gomes. O presidente do SPC Brasil alertou o consumidor, pois “o cartão de crédito é uma coisa que se precisa pagar, ou vira uma bomba-relógio. Não é status ter na carteira um monte de cartões de crédito, mas essa é uma paixão nacional”, considerou. De acordo com ele, 67% das pessoas que compram por meio do dinheiro de plástico no País têm renda de R$ 1.000,00 a R$ 1.700,00. Ter um cartão de crédito é prático e dá segurança, seja em viagens nacionais e, mais ainda, internacionais. O perigo está no seu mau uso ou com gastos indiscriminados. O governo federal divulgará uma proposta cujo objetivo é aumentar a concorrência. As medidas vão beneficiar inicialmente os comerciantes, já que o plano é reduzir os custos de operação para o comércio, com a entrada de novas empresas. Deverá cair o aluguel das máquinas de leitura dos cartões e a taxa paga às empresas de processamento por cada transação. Entre os pequenos varejistas, é comum pagar até R$ 100,00 pelo aluguel de uma máquina e até 6% de cada venda para a processadora da operação. Para o governo, essa vantagem do comércio deverá ser repassada indiretamente ao consumidor. Se todos reclamarem dos juros altos no parcelamento e das taxas de adesão pelos lojistas, com certeza, com negociações entre as partes, será possível conseguir condições mais favoráveis. Decretar juros não é o caminho. Há intervenções oficiais demasiadas do governo no mercado, com poucos bons resultados, todos sabemos. Mas o cartão de crédito é uma comodidade moderna irreversível. Que venha, então, a saudável concorrência.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO