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- Publicada em 15 de Dezembro de 2011 às 00:00

Fecomércio prevê um 2012 moderado


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
Com o Brasil bem posicionado no mercado global, em posição de "conforto relativo", a estimativa é de que a economia nacional cresça moderadamente em 2012, mas sem que se descarte uma preocupação permanente, enquanto o cenário internacional permanecer em crise. Apesar dessa perspectiva, projetada pela equipe econômica da Fecomércio-RS, a entidade enxerga indicativos de que no ano que vem o ambiente externo não se agrave e que a Europa chegue a um acordo político para salvar o euro. Também há esperança entre os economistas de que o La Niña tenha efeito limitado na safra agrícola nacional do próximo ano. Esses aspectos, somados à atual expansão do emprego e da renda, que devem manter o consumo aquecido, permitem que as estimativas para o setor de comércio e serviços sejam positivas, com crescimento calculado em torno de 5%.
Com o Brasil bem posicionado no mercado global, em posição de "conforto relativo", a estimativa é de que a economia nacional cresça moderadamente em 2012, mas sem que se descarte uma preocupação permanente, enquanto o cenário internacional permanecer em crise. Apesar dessa perspectiva, projetada pela equipe econômica da Fecomércio-RS, a entidade enxerga indicativos de que no ano que vem o ambiente externo não se agrave e que a Europa chegue a um acordo político para salvar o euro. Também há esperança entre os economistas de que o La Niña tenha efeito limitado na safra agrícola nacional do próximo ano. Esses aspectos, somados à atual expansão do emprego e da renda, que devem manter o consumo aquecido, permitem que as estimativas para o setor de comércio e serviços sejam positivas, com crescimento calculado em torno de 5%.
"Ao contrário de 2011, no próximo ano a atividade econômica deve registrar um desempenho mais fraco no primeiro semestre e posteriormente deve retomar o desenvolvimento", projetou o economista Marcelo Portugal, em coletiva à imprensa, realizada ontem na sede da entidade. "Comparando na média, os dois anos serão parecidos", afirma Portugal, destacando o PIB brasileiro de 2,9% estimado para 2011 e as projeções de um dado de 2,8% no País para o ano que vem.
O economista também frisa que em 2012, o mercado de trabalho deverá apresentar desempenho mais moderado, tanto no Brasil quanto no Rio Grande do Sul. "O número total de postos de trabalho gerados, embora positivo, deverá registrar decréscimo em relação ao montante de vagas criadas em 2011." No setor agropecuário gaúcho, deve haver perda de produção, "mas não tão grande", destaca Portugal, passando das quase 29 milhões de toneladas registradas neste ano para cerca de 26 milhões em 2012. O economista adverte que isso pode impactar o comércio de cidades no Interior do Estado, principalmente as produtoras de grãos como arroz e soja, que devem registrar queda de 11% e 14% respectivamente. "Nos municípios de economia agrícola, o comércio terá impacto negativo se houver menor safra", reforça Portugal. Ele acredita em desempenho melhor do setor na Região Metropolitana, em vista desta questão.
Ao apresentar um balanço do desempenho do setor em 2011, o presidente da Fecomércio-RS, Zildo De Marchi, afirmou que "este foi um ano bom para o comércio e para os serviços, e que este cenário deve permanecer positivo em 2012". No entanto, o dirigente alertou que os empresários devem ficar atentos aos primeiros sinais de aumento da inadimplência. "O sinal está amarelo", adverte. Ele destaca que neste ano o setor no Rio Grande do Sul cresceu perto da média nacional, apesar do aumento da inadimplência das famílias, considerada ainda em "patamares baixos".
De Marchi pontua que, apesar de relativo otimismo, o crescimento da economia brasileira nos próximos 12 meses deve ser menor que o de 2011. "A atividade econômica deve reagir positivamente às medidas de estímulo monetário e fiscal implementadas no final de 2011, principalmente ao corte de juros e a redução do IOF para financiamento de empresas e famílias." O dirigente acredita que o comércio vai continuar a ser embalado pela expansão do crédito e da massa de rendimentos. "O menor patamar da taxa básica de juros, que será observado em 2012, reduz o custo do crédito aos consumidores e às empresas, contribuindo para a continuidade do processo de expansão robusta do crédito."
Seguindo o raciocínio do dirigente, Marcelo Portugal também chamou a atenção para o início de um declínio do índice inflacionário. "Espera-se que a inflação fique em torno de 6,5% no primeiro semestre e chegue a 5,5% no final do ano que vem", pontuou. A projeção ainda fica acima da meta do governo federal, de 4,5%. Para o câmbio, a federação avalia uma variação em torno de R$ 1,70. Em relação ao crescimento do PIB no Rio Grande do Sul, a análise é que fique em 3%.
De Marchi ainda destacou que, dentre as ações a serem desenvolvidas em 2012, a Fecomércio-RS seguirá buscando a inclusão de novas categorias no Simples Nacional, "o que deve gerar um incremento na formalização de empresas no País".
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