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Opinião

Editorial

- Publicada em 14 de Dezembro de 2011 às 00:00

Toda atenção para a nova classe média


Jornal do Comércio
Eles estão experimentando pela primeira vez o doce sabor do consumo. Gratificam-se comprando aquilo que antes viam apenas nas charmosas publicidades de jornais, rádios e tevês e com as quais sonhavam. Geladeiras, ar-condicionado, fogões maiores e mais novos, mais idas ao cinema, passeios e automóveis. São os emergentes da classe média que passaram do grupo denominado de E e D e que evoluíram para um patamar acima. Pode não ser muito, mas com a inflação dominada e ainda com metas factíveis, com a estabilidade e com os fartos e longos financiamentos, tudo é possível. Empregos na construção civil para quem tem uma especialidade, como azulejistas, por exemplo, estão sendo ofertados e não há pretendentes para todas as vagas disponíveis. Enfim, enquanto a Europa estertora em suas angústias financeiras, vendo desmoronar a eurozona, e os Estados Unidos (EUA) não conseguem administrar a dívida de US$ 14 trilhões, cabe ao Brasil, Rússia, China e Índia preencher os vazios que foram abertos com a crise no Velho Mundo agora, como antes acontecera nos EUA.
Eles estão experimentando pela primeira vez o doce sabor do consumo. Gratificam-se comprando aquilo que antes viam apenas nas charmosas publicidades de jornais, rádios e tevês e com as quais sonhavam. Geladeiras, ar-condicionado, fogões maiores e mais novos, mais idas ao cinema, passeios e automóveis. São os emergentes da classe média que passaram do grupo denominado de E e D e que evoluíram para um patamar acima. Pode não ser muito, mas com a inflação dominada e ainda com metas factíveis, com a estabilidade e com os fartos e longos financiamentos, tudo é possível. Empregos na construção civil para quem tem uma especialidade, como azulejistas, por exemplo, estão sendo ofertados e não há pretendentes para todas as vagas disponíveis. Enfim, enquanto a Europa estertora em suas angústias financeiras, vendo desmoronar a eurozona, e os Estados Unidos (EUA) não conseguem administrar a dívida de US$ 14 trilhões, cabe ao Brasil, Rússia, China e Índia preencher os vazios que foram abertos com a crise no Velho Mundo agora, como antes acontecera nos EUA.
No entanto, no caso brasileiro, o Banco Central reconhece que o País ainda carece de alguns dados sobre o acesso de muitos brasileiros aos  serviços bancários, especificamente na chamada nova classe média. Os dados são importantes porque com eles será possível trabalhar com controles mais robustos sobre a sustentabilidade desse processo de melhoria salarial dos que migraram de uma posição socioeconômica para outra. Houve um grande aumento do acesso ao crédito dessas famílias. O Brasil viveu uma série de transformações estruturais nos últimos anos no sistema financeiro e, por isso, novos controles são necessários. É fundamental, então, que o País necessite de mais informação para entender a chegada desses novos clientes às instituições financeiras.
O mercado de crédito, de fato, ainda é novo no Brasil, levando para uma assimetria de informação gigantesca. Então, é fundamental aproveitar muito bem a racionalidade para termos o máximo de informação possível para todos que tomam decisão. Os bancos precisam ter cuidado com a avaliação de risco e as pessoas que ascenderam na escala social também precisam ter cuidado com um eventual excesso de otimismo. Nesse sentido, de entender melhor o que está acontecendo, uma instituição absolutamente crucial é o IBGE. As redes varejistas populares entenderam bem o modelo experimental de consumidor e trataram de ir ao seu encontro. A fórmula tem dado certo na maioria dos casos e isso é muito bom para todos. No entanto, um dos problemas ainda não resolvidos é o acesso à casa própria, aí, obviamente, incluindo-se apartamentos, os quais estão faltando em Porto Alegre. E, para citar o que nos diz respeito diretamente, cerca de 50 mil moradias. O governo federal deveria abrir mais facilidades para a construção de núcleos habitacionais nas cidades interioranas, onde os terrenos estão mais acessíveis no preço, na proximidade dos serviços de saúde e educação, além do saneamento básico. A Capital continua lutando contra a pequena disponibilidade de terrenos e o déficit na faixa de um a três salários-mínimos continua. Faltam moradias. Vamos agir logo.
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