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- Publicada em 09 de Dezembro de 2011 às 00:00

Federação das CDLs perde 19 associados


Jornal do Comércio
Após assinarem contrato com a CDL Porto Alegre/Boa Vista Serviços para utilização do banco de dados do Sistema de Proteção ao Crédito do Estado (SPC-RS), 19 Câmaras de Dirigentes Lojistas do interior optaram por se desligar do quadro de associados da federação que as representava no Rio Grande do Sul (FCDL-RS). E até o dia 14 de dezembro ainda podem ocorrer novas rupturas. Isso porque a federação disputa com a câmara da Capital as adesões de entidades dos municípios gaúchos a seus respectivos serviços de consulta e proteção ao crédito, que devem ser definidos até esta data. Quem optar pelo serviço da Boa Vista Serviços (BVS) automaticamente precisa se desvincular da FCDL, ou estará descumprindo estatuto da entidade, que desde o dia 1 deste mês trabalha em parceria com a Serasa Experian nas consultas de informações sobre varejo em todo o território nacional.
Após assinarem contrato com a CDL Porto Alegre/Boa Vista Serviços para utilização do banco de dados do Sistema de Proteção ao Crédito do Estado (SPC-RS), 19 Câmaras de Dirigentes Lojistas do interior optaram por se desligar do quadro de associados da federação que as representava no Rio Grande do Sul (FCDL-RS). E até o dia 14 de dezembro ainda podem ocorrer novas rupturas. Isso porque a federação disputa com a câmara da Capital as adesões de entidades dos municípios gaúchos a seus respectivos serviços de consulta e proteção ao crédito, que devem ser definidos até esta data. Quem optar pelo serviço da Boa Vista Serviços (BVS) automaticamente precisa se desvincular da FCDL, ou estará descumprindo estatuto da entidade, que desde o dia 1 deste mês trabalha em parceria com a Serasa Experian nas consultas de informações sobre varejo em todo o território nacional.
A queda de braço iniciou no ano passado, quando a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) se uniu às associações comerciais de São Paulo e do Paraná e à CDL-Rio de Janeiro, para formar a empresa de análise de crédito Boa Vista Serviços, composta ainda pelo fundo de investimentos de private equity TMG Capital e a americana Equifax. A iniciativa não foi bem recebida pela federação gaúcha, e também não caiu nas graças da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Ambas entidades foram procuradas pela câmara de dirigentes porto-alegrense, mas não aceitaram se associar à nova empresa, por entenderem que, sendo a mesma de caráter privado, iria prejudicar o associativismo, tirando das mãos dos lojistas o controle do processamento de dados, bem como promover o aumento dos custos do serviço, que é pago pelos empresários do varejo a cada consulta. Não havendo acordo, a CDL-POA optou pelo rompimento com a federação, firmou a parceria que resultou na BVS, e foi ao mercado conquistar adesão de outras CDLs gaúchas. No foco, também estão os Sindilojas do Interior e as associações comerciais.
O presidente da FCDL, Vitor Augusto Koch, destaca que a maioria das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado se mantém com a federação. "Temos o apoio de 119 CDLs que aderiram ao movimento lojista do SPC-Brasil, coordenado pelo Sistema CNDL", afirma o dirigente. Ele esclarece que apesar da parceria da entidade com a Serasa, não haverá fusão de banco de dados com as informações locais. "Compramos insumos da Serasa, para compor nosso produto final. Mas continuamos com o SPC-Brasil, de caráter associativista e independente", destaca Koch.
Na outra ponta, Noer argumenta que a opção das CDLs que ficam com a BVS está atrelada à qualidade do banco de dados do SPC no Estado, administrado pela CDL-POA há 50 anos. "Este sistema é feito pelos lojistas e funciona bem, e as entidades querem continuar com ele", diz o dirigente, lembrando que os registros de redes espalhadas no Brasil foram levantados ao longo de cinco décadas com informações dos próprios comerciantes. "Além disso, a Serasa sempre foi nossa maior concorrente no varejo."
O presidente da FCDL rebate que o SPC-Brasil é um departamento integrado ao sistema CNDL e que "não funciona como empresa". "E, apesar de termos notificado a CDL-POA de que não deveria transferir todos os registros dos lojistas do Rio Grande do Sul para uma sociedade privada, não fomos ouvidos", reclama Koch. Ele diz que a decisão da FCDL de não se associar à BVS foi tomada em assembleia, ocorrida em novembro de 2010, com a presença de todos os presidentes de CDLs do Estado. "Agora, ao descumprirem os estatutos da federação, algumas entidades estão pedindo afastamento para evitar intervenção liminar e penalização", dispara. "Apesar deste movimento, defenderei até o meu último suspiro o associativismo, pois é desta forma que se garante que os lojistas decidam sobre o produto final e alcancem a redução de custos dos serviços cadastrais."

Comerciantes gaúchos terão dois serviços de proteção ao financiamento

Divisor de águas entre a Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL-RS) e o grupo de CDLs que debandou recentemente do quadro associativo da entidade, a nova empresa de gerenciamento do banco de dados do sistema de proteção ao crédito, Boa Vista Serviços (BVS), não irá operar sozinha em solo gaúcho.
Desde a semana passada, o serviço de proteção ao crédito disponibilizado pela Serasa Experian tem atendido consultas de lojistas de diversos municípios do Estado. Em algumas localidades, inclusive, os dois serviços podem vir a ser explorados paralelamente, uma vez que sindicatos e associações comerciais também utilizam os registros dos cadastros.
Em Bagé, assim como em Santa Rosa e Canoas, por exemplo, as CDLs optaram pela BVS. "Acreditamos que o serviço disponibilizado pela empresa tem uma estrutura muito ampla, que permite que nossos usuários tenham maior acesso às informações do SPC, uma vez que envolve parceria com a Associação Comercial de São Paulo", diz o diretor do SPC de Bagé, Francisco de Paula Maciel. Ele destaca que o afastamento da CDL-Bagé da federação é "puramente técnico". "Tivemos que tomar uma decisão em vista da disputa entre a FCDL e a CDL-POA e o futuro nos mostrará se foi a melhor opção", desabafa. Maciel revela que a principal preocupação da entidade é de manter os dados das grandes redes do Estado. "Temíamos perder o acesso a estas redes, caso optássemos pela oferta da federação."
O mesmo ocorreu com os dirigentes da CDL-Santa Rosa, explica a vice-presidente da entidade, Maria de Moraes.
"Estamos saindo da FCDL, porque o banco de dados que agora está com a BVS nos interessa." Maria explica que "o maior número de informações da empresa vinculada à CDL-POA" foi decisivo.
Em Canoas, a CDL também optou pelo cadastro da BVS, assinando contrato com a câmara da Capital em junho deste ano. A presidente da entidade, Ellen Neumann Bitencourt, afirma que a ideia era continuar com a FCDL.
"Entendemos o associativismo como algo muito importante para a união da classe." Ellen diz que, apesar disso, no final de novembro a diretoria da entidade decidiu se desvincular da federação. "Sempre tivemos boas relações com a FCDL em nossos 44 anos de atuação, porém atualmente vínhamos sofrendo várias intervenções, e a maneira como isso foi conduzido nos levou à desfiliação."
"Nós enxergamos uma esperança federativa: unidos podemos chegar onde almejamos, isoladamente não vejo este respaldo", opina José Gonçalves de Lima, presidente da CDL de Santa Maria, que optou em ficar do lado da FCDL-RS. Ele acredita que a entidade além de dar representatividade, "mesmo com a mudança, passa a confiança de que, a médio e longo prazo, os associados terão um banco de dados melhor". "Perdemos nosso banco de dados, porque a CDL-POA se associou à BVS e repassou informações cadastrais de todos lojistas do Interior para esta empresa. Não fomos consultados."
Em Caçapava do Sul, a CDL também se decidiu pela permanência no associativismo. "Optamos por ficar com a FCDL, não só para nos mantermos filiados, mas também por não concordar com a atitude da CDL-POA, que vendeu nosso banco de dados", diz a presidente da entidade, Zita Tolfo Ragagnin.

FCDL apresenta mapa do SPC

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, FCDL-RS, esclarece aos lojistas que a adesão ao Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) garantirá acesso às informações restritivas de crédito de todo o País. O alerta é feito em razão da proximidade da data de 9 de dezembro de 2011, quando a Rede Nacional de Informações Comerciais, Renic, deixará de existir. Desta forma, apenas o SPC processará dados de todos os estados da Federação.
Desde o dia 1 de dezembro de 2011, o SPC Brasil, provedor e departamento da CNDL, Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, iniciou suas operações no Rio Grande do Sul, processando o banco de dados das entidades gaúchas, esclarece a FCDL.
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