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Partidos

- Publicada em 08 de Dezembro de 2011 às 00:00

Bancada do PMDB cobra mais protagonismo de Tarso Genro


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Maior bancada de oposição ao governo Tarso Genro (PT) na Assembleia Legislativa, o PMDB fez ontem um balanço das ações parlamentares de 2011 com uma série de críticas à gestão petista. A análise foi apresentada pelo deputado Giovani Feltes, que lidera os parlamentares peemedebistas.
Maior bancada de oposição ao governo Tarso Genro (PT) na Assembleia Legislativa, o PMDB fez ontem um balanço das ações parlamentares de 2011 com uma série de críticas à gestão petista. A análise foi apresentada pelo deputado Giovani Feltes, que lidera os parlamentares peemedebistas.
Feltes cobrou protagonismo de Tarso, enumerando questões importantes nas quais, na sua avaliação, o governador não teve o empenho esperado. Citou o que considera omissão do petista na discussão sobre mudanças no Fundo de Participação dos Estados (FPE) - há dois projetos tramitando no Senado que alteram a distribuição dos recursos, com perdas para o Estado, que variam de R$ 280 milhões a R$ 500 milhões por ano, dependendo da proposta. O líder do PMDB elogiou a mobilização da bancada gaúcha no Congresso para evitar o prejuízo aos cofres do Rio Grande do Sul, mas diz que não viu manifestações de Tarso. Feltes também avalia que o petista demorou a entrar na discussão sobre a partilha dos royalties do petróleo - desencadeada pela emenda do ex-deputado Ibsen Pinheiro (PMDB) -, que traria mais recursos ao Rio Grande do Sul.
E cobrou empenho do petista em pressionar a União para que o governo argentino libere produtos gaúchos retidos por barreiras burocráticas impostas para frear a importação de manufaturados brasileiros. "Chegou ao ponto de R$ 400 milhões em mercadorias de calçados gaúchos já vendidos à Argentina ficarem parados pelo embargo. E Tarso ficou quieto", reclamou Feltes, mencionando também prejuízos a exportações de móveis, máquinas e implementos agrícolas, o que estaria levando indústrias gaúchas a se instalarem no país vizinho.
O peemedebista disse ainda que não viu benefícios ao Estado na relação com o governo federal, comandado pela também petista Dilma Rousseff, como havia sido prometido na campanha eleitoral de 2010.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, em outubro, Tarso classificou as críticas da oposição de que os repasses federais haviam diminuído como uma análise "clientelista", argumentando que está tratando de questões de fundo. E apresentou como resultados concretos a liberação de recursos para o metrô de Porto Alegre e a autorização para que o Estado faça empréstimos com instituições financeiras nacionais e internacionais.
Feltes interpretou as medidas como "apenas a permissão para aumentar o endividamento para fazer o metrô". E cobrou estímulos federais ao uso do carvão gaúcho, à melhora do sistema penitenciário, além da liberação do pagamento do passivo da União com a CEEE. O peemedebista disse que a marca da gestão Tarso até aqui é de um "governo da inércia", um "governo placebo", que provoca um efeito anímico, mas não resolve o problema.
Voltou a criticar a criação de cargos em comissão (CCs), além do aumento da alíquota da previdência estadual e da limitação do pagamento de Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Mas insistiu que o PMDB fez uma oposição aberta ao diálogo, exemplificando com o voto a favor de 79 dos 106 projetos do Executivo e pela oferta de apoio total a incentivos fiscais para atrair montadoras.
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