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Finanças Internacionais

- Publicada em 16 de Agosto de 2011 às 00:00

Brasil se desfaz de títulos norte-americanos


Jornal do Comércio
No mês de junho, o Brasil ficou entre os maiores vendedores de títulos de curto, médio e longo prazo do Tesouro dos Estados Unidos. O País vendeu US$ 4,3 bilhões em bônus (títulos da dívida pública), ficando atrás de Caribe (US$ 8,9 bilhões), Canadá (US$ 6,5 bilhões) e Rússia (US$ 5,4 bilhões).
No mês de junho, o Brasil ficou entre os maiores vendedores de títulos de curto, médio e longo prazo do Tesouro dos Estados Unidos. O País vendeu US$ 4,3 bilhões em bônus (títulos da dívida pública), ficando atrás de Caribe (US$ 8,9 bilhões), Canadá (US$ 6,5 bilhões) e Rússia (US$ 5,4 bilhões).
De acordo com dados do Tesouro dos EUA, o Brasil detinha US$ 207,1 bilhões em títulos americanos em junho, e US$ 211,4 bilhões em maio. Em junho de 2010, o volume era de US$ 163,8 bilhões. Apesar da redução de maio para junho, o Brasil manteve o quinto lugar no ranking dos detentores de bônus dos EUA. Os quatro primeiros colocados são China, Japão, Reino Unido e o grupo de Exportadores de Petróleo.
Ainda de acordo com os dados do Tesouro, os estrangeiros venderam títulos (treasuries) no maior montante já registrado em junho, enquanto o debate sobre o limite de endividamento dos EUA se intensificava. O fluxo de capital estrangeiro líquido para os EUA ficou negativo em US$ 29,5 bilhões no mês.
As transações líquidas com ativos norte-americanos de longo prazo somaram US$ 3,7 bilhões. Um número mais abrangente, sobre as compras líquidas de ativos norte-americanos de longo prazo, incluindo transações que não ocorrem no mercado aberto, ficou negativo em US$ 8 bilhões.
O Banco Central Europeu (BCE) gastou € 22 bilhões (US$ 31,7 bilhões) na semana passada comprando títulos governamentais em um esforço para manter a Itália e a Espanha longe de um desastre financeiro. As aquisições surtiram efeito e afastaram a ameaça que rondava as finanças daqueles países. O banco iniciou as compras desses títulos porque o fundo de resgate da União Europeia ainda não foi autorizado pelos países em dificuldades a efetuar tais aquisições.
O BCE reativou seu programa de compra de títulos depois de quatro meses após a crise financeira piorar no início deste mês. Uma semana após a reativação do programa, as taxas de retorno para os títulos com prazo de dez anos para os dois países caíram abaixo de 5%, o que é considerado controlável por enquanto. As taxas de retorno chegaram a ficar em mais de 7% ao ano, o que dificultou excessivamente a rolagem da dívida e o financiamento de Itália e Espanha.
As compras feitas na segunda-feira passada excederam as aquisições feitas em maio de 2010 quando começaram a ser feitas as aquisições de títulos da dívida grega. Na ocasião, foram comprados € 16,5 bilhões.
Também nesta segunda, Yves Mersch, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), disse que nenhum país da zona do euro terá permissão para deixar o bloco monetário. A declaração foi dada em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal China Business News.
Mersch disse que seria irrealista e um suicídio financeiro para qualquer país deixar o euro se não tiverem outra moeda para se apoiar. “Deixar a área do euro não é uma opção para qualquer país-membro”, afirmou Mersch ao jornal.
Os governos deveriam trabalhar mais para manter as finanças públicas saudáveis, afirmou Mersch, que também preside o Banco Central de Luxemburgo. “É responsabilidade dos governos trazer as finanças públicas de volta a caminhos sustentáveis”, advertiu.

China comprou treasuries pelo terceiro mês seguido

Ao contrário do Brasil, a China aumentou a quantidade de títulos do Tesouro dos EUA que possui pelo terceiro mês seguido em junho, informou o relatório mensal de capital internacional do Tesouro. O aumento foi de US$ 5,7 bilhões, para US$ 1,166 trilhão, em seguida à compra líquida de US$ 7,3 bilhões em maio.
No entanto, analistas alertam que o dado pode não refletir o espectro total da atividade da China no mercado. Recentemente, o Tesouro ajustou sua estimativa sobre a quantidade de títulos detida pela China com base no uso de procurações em outros países.
O Japão, por sua vez, foi um vendedor líquido de treasuries. O país permaneceu como o segundo maior detentor de títulos norte-americanos, mas reduziu o volume para US$ 911 bilhões em junho.
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