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Copa 2014

- Publicada em 04 de Agosto de 2011 às 00:00

Legado da Copa do Mundo dependerá de planejamento


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Os 32 dias de jogos da Copa do Mundo de 2014 trarão um incremento imediato de turistas e receitas ao Brasil, mas o legado dos jogos dependerá da organização e do planejamento das cidades-sedes. A questão parece estar ganhando importância entre governos e especialistas, em um momento em que se contesta os elevados investimentos públicos em estádios e a ineficiência governamental na realização de obras de infraestrutura, em especial as logísticas.
Os 32 dias de jogos da Copa do Mundo de 2014 trarão um incremento imediato de turistas e receitas ao Brasil, mas o legado dos jogos dependerá da organização e do planejamento das cidades-sedes. A questão parece estar ganhando importância entre governos e especialistas, em um momento em que se contesta os elevados investimentos públicos em estádios e a ineficiência governamental na realização de obras de infraestrutura, em especial as logísticas.
Ontem, em Porto Alegre, três eventos distintos promovidos por Porto Alegre e Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre e a Unidade Temática Turismo (UTT) da Rede Mercocidades debateram as estratégias postas em prática para preparar o País para o maior evento esportivo do mundo, assim como o legado que trará às cidades que receberão as partidas e abrigarão as delegações.
“A Copa já está nos deixando legados em qualificação de mão de obra e irá viabilizar, em três anos, avanços estruturais que levariam dez anos para serem feitos”, disse o secretário de Estado de Esportes e Lazer, Kalil Sehbe, que palestrou a autoridades de cidades brasileiras, uruguaias e argentinas da rede Mercocidades. Para Sehbe, a fortificação da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs), viabilizando investimentos e projetos de isenção fiscal para empresas que apoiem atletas amadores, projeto que deve ser votado pela Assembleia Legislativa até o final do ano, já representa um avanço importante para o Rio Grande do Sul.
“Também há parcerias entre governo e entidades privadas para qualificar profissionais para o turismo em andamento”, comentou Sehbe. O secretário lembrou que o projeto desenvolvido entre governo do Estado e Sistema Nacional de Emprego (Sine) já qualificou mais de mil desempregados até o momento, número que chegará a 15 mil até a Copa. As estruturas turísticas devem ser mantidas pela atração de grandes eventos esportivos nos próximos anos, entre eles a etapa da Fórmula Indy em 2012, cujas tratativas estão em estágio avançado, e torneios como os Jogos Militares, que ocorreram recentemente, e o Campeonato de Atletismo Máster, que trará 10 mil pessoas ao Rio Grande do Sul em 2013.
O secretário-adjunto da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), José Mocellin, afirmou que obras estruturais importantes para a cidade estão avançando, apontando o entendimento firmado entre governo do Estado e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para a efetivação do edital para a revitalização do Cais Mauá. “Esta é uma etapa muito importante, pois já há as empresas para promover a obra e agora o processo poderá avançar”, afirmou. Para ele, Porto Alegre está em uma situação de vantagem sobre as demais cidades-sedes em termos de investimento, pois as obras em estádios ocorrerão especialmente com capital privado.
A consultora de turismo Vaniza Schuler, que participou de missão do Ministério do Turismo para conhecer a experiência alemã na Copa de 2006, salientou que o País precisa aprender com cidades como Frankfurt e Kaiserslautern formas de promover uma estratégia e se posicionar para a Copa. Para ela, muitos investimentos estruturais e ações de promoção turística ao evento estão sendo falhos no Rio Grande do Sul.
“Há uma preocupação grande em oferecer atrações culturais e românticas a estes visitantes, mas se observarmos as pesquisas feitas por institutos de estudos e Ministério do Turismo, perceberemos que o turista da Copa é homem e solteiro e busca principalmente festas e turismo de aventura e ecológico”, observa. Vaniza sugeriu que as estruturas hoteleiras da Serra sejam “aproximadas” de Porto Alegre por melhores estradas e pela ampliação da BR-116, o que beneficiaria todas as cidades do trajeto.
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