Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

Artigo

- Publicada em 26 de Julho de 2011 às 00:00

Posso pagar para editar?


Jornal do Comércio
Publicidade editorial não alcança todos. Incontáveis os pretendentes à réstia solar. O texto expõe, silente, o comportamento cultural do acordo político para uma obra ingressar na sociedade. A autoria de qualidade é tarefa ingrata. Religião e partido ideológico, organizações em defesa do interesse, se conquistados, são um ganho ao talento oculto. Mas a sombra do anonimato é o fantasma do ineditismo. Restará ao desprivilegiado de proteção, dúvida e resignação ao submundo da originalidade.  Enumerar a condição é perder-se no labirinto da perda da causa. Almeja-se o público no calor da fogueira. Alberto Nepomuceno (1864/1920), músico erudito, ironizava aos maestros: ‘A gaveta acolherá em baile minha nova sinfonia’. Nepomuceno não presta ao consolo do autor inédito frustrado. Aclamado na Europa graças ao prestígio de Gustav Mahler e da amizade com Edward Grieg, o governo o apoiou de 1910 em diante. Correu o Velho Continente, abrindo caminho para Villa-Lobos. Soube creditar votos de confiança ao reformar, letra e música, o Hino Nacional no formato nacionalista do séc. XIX, em vigor na Europa. Os bustos da história são o inventário de um tipo de vencedor. O artista sobrevivente à luz do registro é um ícone. Dificuldade para mostrar-se é diferente da poeira do abandono e destruir obra inédita é cair no desfiladeiro da derrota. Os originais encontrados numa lixeira em 1936 do 4º concerto para violino e orquestra de Niccolo Paganini, é quase isto: ele já era famoso. A estética, sem compromisso social, é o inexpressivo: maior a chance de publicar ao consumidor acrítico. É a fórmula dos capitães da editora, agregar conceitos: lucro em prol da mídia. O talento é alijado e soterrado. Do mofo da criatividade há de emergir, tal a lava do vulcão furioso, a beleza redentora prevista por Dostoiewski. E que venha com força! 
Publicidade editorial não alcança todos. Incontáveis os pretendentes à réstia solar. O texto expõe, silente, o comportamento cultural do acordo político para uma obra ingressar na sociedade. A autoria de qualidade é tarefa ingrata. Religião e partido ideológico, organizações em defesa do interesse, se conquistados, são um ganho ao talento oculto. Mas a sombra do anonimato é o fantasma do ineditismo. Restará ao desprivilegiado de proteção, dúvida e resignação ao submundo da originalidade.  Enumerar a condição é perder-se no labirinto da perda da causa. Almeja-se o público no calor da fogueira. Alberto Nepomuceno (1864/1920), músico erudito, ironizava aos maestros: ‘A gaveta acolherá em baile minha nova sinfonia’. Nepomuceno não presta ao consolo do autor inédito frustrado. Aclamado na Europa graças ao prestígio de Gustav Mahler e da amizade com Edward Grieg, o governo o apoiou de 1910 em diante. Correu o Velho Continente, abrindo caminho para Villa-Lobos. Soube creditar votos de confiança ao reformar, letra e música, o Hino Nacional no formato nacionalista do séc. XIX, em vigor na Europa. Os bustos da história são o inventário de um tipo de vencedor. O artista sobrevivente à luz do registro é um ícone. Dificuldade para mostrar-se é diferente da poeira do abandono e destruir obra inédita é cair no desfiladeiro da derrota. Os originais encontrados numa lixeira em 1936 do 4º concerto para violino e orquestra de Niccolo Paganini, é quase isto: ele já era famoso. A estética, sem compromisso social, é o inexpressivo: maior a chance de publicar ao consumidor acrítico. É a fórmula dos capitães da editora, agregar conceitos: lucro em prol da mídia. O talento é alijado e soterrado. Do mofo da criatividade há de emergir, tal a lava do vulcão furioso, a beleza redentora prevista por Dostoiewski. E que venha com força! 
Advogado
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO