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Opinião

Editorial

- Publicada em 08 de Junho de 2011 às 00:00

A glória econômica é feita de sacrifício


Jornal do Comércio
Na economia só existe glória feita de sacrifício, planejamento e muito boa gestão. Isso serve para a iniciativa privada e, mais ainda, para os serviços públicos, sejam federais, estaduais ou municipais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que o PIB no primeiro trimestre de 2011, de 1,3%, que anualizado resulta numa expansão de 5,5%, é menor do que o do mesmo período do ano passado. Mas, ainda de acordo com ele, é um crescimento que mantém a vitalidade adquirida nos últimos anos e que se diferencia do comportamento da economia mundial. Menos, senhor ministro, menos otimismo. É que não se pode tirar do contexto os números e as situações. Por exemplo, o custo da alimentação básica subiu em maio para os consumidores de 12 das 17 capitais do País. No exterior, analistas alertam que a desaceleração global terá reflexos sobre o Brasil e poderá contribuir para o considerado necessário processo de esfriamento interno. Se de um lado a possibilidade de ajuste no preço das matérias-primas afeta a balança comercial nacional, por outro tende a trazer alívio para a inflação. No caso do câmbio, o cenário de moderação externa acaba reforçando a perspectiva de real valorizado. Prevalece a percepção de que o Federal Reserve terá de manter os juros no chão por um período mais longo do que o previsto, o que estimula o fluxo de recursos para o Brasil.
Na economia só existe glória feita de sacrifício, planejamento e muito boa gestão. Isso serve para a iniciativa privada e, mais ainda, para os serviços públicos, sejam federais, estaduais ou municipais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que o PIB no primeiro trimestre de 2011, de 1,3%, que anualizado resulta numa expansão de 5,5%, é menor do que o do mesmo período do ano passado. Mas, ainda de acordo com ele, é um crescimento que mantém a vitalidade adquirida nos últimos anos e que se diferencia do comportamento da economia mundial. Menos, senhor ministro, menos otimismo. É que não se pode tirar do contexto os números e as situações. Por exemplo, o custo da alimentação básica subiu em maio para os consumidores de 12 das 17 capitais do País. No exterior, analistas alertam que a desaceleração global terá reflexos sobre o Brasil e poderá contribuir para o considerado necessário processo de esfriamento interno. Se de um lado a possibilidade de ajuste no preço das matérias-primas afeta a balança comercial nacional, por outro tende a trazer alívio para a inflação. No caso do câmbio, o cenário de moderação externa acaba reforçando a perspectiva de real valorizado. Prevalece a percepção de que o Federal Reserve terá de manter os juros no chão por um período mais longo do que o previsto, o que estimula o fluxo de recursos para o Brasil.
“Existem indicações de que a economia brasileira está sendo atingida pela desaceleração mundial no segundo trimestre”, disse Sian Fenner, economista global do Lloyds Bank, ao citar a queda da produção industrial em abril, de 2,1% ante março, bem pior do que o previsto. Segundo ele, o desempenho pode ser reflexo do terremoto no Japão, que interrompeu a cadeia produtiva do setor automobilístico mundo afora de forma mais acentuada do que o esperado. A questão é saber se o ritmo mais lento da economia global no segundo trimestre é apenas temporário ou se continuará presente durante os meses seguintes. O desemprego nos Estados Unidos subiu para 9,1%. A demanda da China por commodities terá velocidade mais lenta porque o país está sendo afetado por cortes de energia. O comportamento chinês tem efeito direto sobre a economia do Brasil, dada a dependência do País da exportação de matérias-primas. De forma geral, os países emergentes têm sido estimulados pelo crescimento interno, algo que no Brasil se reflete no baixo índice de desemprego e na alta dos salários. Por isso, o Banco Central (BC) está se arriscando, sem fazer o suficiente para conter a inflação. Mas poderá ser ajudado pelo cenário externo e pela queda das commodities, optando inclusive por somente mais uma dose de aperto monetário, caso o processo de redução da atividade mundial se mostre efetivo. Analistas estrangeiros dizem que o BC elevará a Selic em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, com pelo menos mais uma rodada de aperto da mesma magnitude em julho. No lado do câmbio, uma redução das receitas de exportação não seria suficiente para mudar a trajetória de valorização do real. A tendência de queda do dólar em relação ao real foi reforçada pelos dados do emprego/desemprego nos EUA, o chamado “payroll”. Assim, a moeda estadunidense poderá bater na casa de R$ 1,55.

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