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Indústria

- Publicada em 06 de Junho de 2011 às 00:00

GM testa novo carro na fábrica de Gravataí em dezembro


Fredy Vieira/JC
Jornal do Comércio
A fábrica é de automóveis, mas a estratégia para a construção segue um jogo de xadrez. Quem compara é o comandante em chefe da segunda ampliação da planta da General Motors do Brasil (GMB) em Gravataí, o diretor-geral da planta no Estado, Walter Othero. Segundo Othero, que mostrou, na última sexta-feira, as áreas já modificadas do atual complexo para receber as linhas que originarão a nova família de carros a ser introduzida pelo projeto Onix, “cada movimento é calculado, monitorado e esperado”. A razão é uma só: “estamos montando a nova linha, sem interromper a produção dos modelos Celta e Prisma”.
A fábrica é de automóveis, mas a estratégia para a construção segue um jogo de xadrez. Quem compara é o comandante em chefe da segunda ampliação da planta da General Motors do Brasil (GMB) em Gravataí, o diretor-geral da planta no Estado, Walter Othero. Segundo Othero, que mostrou, na última sexta-feira, as áreas já modificadas do atual complexo para receber as linhas que originarão a nova família de carros a ser introduzida pelo projeto Onix, “cada movimento é calculado, monitorado e esperado”. A razão é uma só: “estamos montando a nova linha, sem interromper a produção dos modelos Celta e Prisma”.
Com dois terços das obras civis concluídas, o executivo estipula que em dezembro comecem os testes com os novos carros. Parte dos mil postos de trabalho diretos a serem gerados pela expansão já foram preenchidos. Agora a execução envolve 400 profissionais, entre prestadores e supervisores da própria montadora. No último verão, ocorreu o pico de pessoal. Enquanto a planta estava em férias coletivas, 2 mil trabalhadores comandaram as maiores mudanças internas. “O filho que estamos parindo aqui não é a nova fábrica. A ansiedade é ver o carro na rua e ver o cliente comprar e dizer que gostou”, confidencia Othero, que deixará o cargo e se aposentará antes de finalizar a atual empreitada.
Nesta etapa, a movimentação interna envolve troca de equipamentos, abertura de espaços enormes em meio a pavilhões, como o de montagem geral, e ampliação de módulos. Mais que automatizar, algumas áreas terão segmentos com uso mais intenso de mão de obra. A estamparia do novo projeto, onde são geradas as partes que darão forma aos futuros veículos, é a única que ainda não saiu do chão. “Ela partirá de um terreno virgem e terá muita coisa subterrânea”, explica o executivo. “A estrutura tem de suportar pressão de 1,5 mil a 2 mil toneladas”, dimensiona. O setor de pintura, único que não sofrerá expansão, concentra um dos maiores ganhos em tecnologia, que deve crescer até 40%. Os avanços permitirão mais rapidez do processo. 
A planta física ganhará mais 74 mil metros quadrados, além dos 216 mil existentes. Cinquenta mil já foram concluídos. Já foram cumpridos dois terços das obras.
Até o primeiro trimestre de 2012, a fase de construção estará acabada. Ao mesmo tempo, a construção dos modelos terá ritmo ascendente. A meta é lançar o primeiro dos dois filhos do Onix que devem ser fabricados na unidade gaúcha, no final de 2012. Para variar, o segredo cerca os novos automóveis.
O investimento totalizará R$ 2 bilhões incluindo desde o desenvolvimento, que já ocorreu na sede em São Caetano do Sul, em São Paulo, e a execução, que elevará a capacidade instalada das atuais 230 mil unidades para 380 mil. Hoje a fábrica expele diariamente 930 automóveis, nos modelos Celta e Prisma. O complexo seguirá com modelo de suprimento por sistemistas, que passarão de 17 para 19. Em Joinville, em Santa Catarina, a GMB também acelera a obra da fábrica de motores e cabeçotes de alumínio, que atenderá a planta de Gravataí e a de Rosário, na Argentina. A implantação começou em abril e envolve investimento de R$ 350 milhões.

Privilegiados usam passaporte do Projeto Onix

Eles não sabem como serão os carros, mas deverão ser os primeiros a enxergar os novos modelos, além da cúpula do projeto Onix. Antes disso, o trio tem a tarefa de assegurar que as áreas de expansão sejam implantadas sem erros. Tudo dentro do desenho enviado pelo Centro de Desenvolvimento e Design de São Caetano do Sul. O engenheiro elétrico Felipe Servija, o engenheiro civil Alexandre Brehm e o gerente de implantação e lançamento do Onix, Alexandre Carreon, definem a empreitada como desafiante.
O diretor-geral do complexo da General Motors em Gravataí, Walter Othero, que já comandou a construção de duas plantas da companhia (uma no México e outra na Argentina), prefere colocar mais peso, e pressão, ao trabalho dos três. “Quando entrego o crachá não é privilégio, mas dor de cabeça”, repete Othero à reportagem do Jornal do Comércio, lembrando o que costuma repassar aos escolhidos.
Andar com o crachá estampado com a senha Onix abre caminhos na fábrica, mas aumenta a responsabilidade. Máquinas fotográficas, necessárias aos registros sobre o andamento do projeto, são monitoradas na entrada e na saída. Há cláusulas de confidencialidade firmadas pelos empregados. Até agora, 150 integrantes dos mais de 4 mil funcionários diretos do complexo foram escolhidos a dedo para receber o crachá.
Engenheiro elétrico das obras de ampliação, Felipe Seri começou como terceirizado na companhia e desde 2009 ocupa um posto efetivo. Ele considera o atual projeto como o mais importante da carreira. Já Brehm, que está desde 1997 em Gravataí, entre prestador de serviço e engenheiro contratado, encara a segunda expansão como tarefa complexa. Carreon, sete anos de GM, sabe que o resultado do trabalho em equipe se traduzirá em nova capacidade de produção. “Nossa missão é aprontar a fábrica para um novo momento.”

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