PSDB gaúcho define a nova executiva no domingo

O PSDB define neste domingo, em convenção estadual, o novo presidente da legenda no Estado. O desafio do futuro comandante da sigla será articular o partido após a derrota da candidata à reeleição para o governo estadual, Yeda Crusius, e prepará-lo para disputar as eleições municipais de 2012.

O PSDB, apesar de ter governado o Rio Grande do Sul na gestão passada, ainda possui uma estrutura modesta, com boa parte dos municípios gaúchos sem diretório constituído. Três chapas estão dispostas a enfrentar o desafio.

As nominatas são lideradas pelo único deputado federal tucano gaúcho, Nelson Marchezan Júnior, pelo atual secretário-geral do partido, Carlos Callegaro, e por Tomaz Wonghon, um dos fundadores da sigla.

Procurando evitar um desgaste maior com a disputa em uma estrutura já fragilizada, o secretário-geral do PSDB nacional, Rodrigo de Castro, desembarcou em Porto Alegre, nesta semana, para tentar uma conciliação, mas não conseguiu emplacar a ideia de chapa única.

Marchezan destaca a representatividade do seu grupo, integrado pelos cinco deputados estaduais tucanos, 15 dos 18 prefeitos do PSDB, maioria de vereadores e presidentes municipais. Confiante no bom desempenho, ele destaca que está em sintonia com o PSDB nacional e que tem mantido diálogo com as principais lideranças.

Lembra, ainda, que o PSDB gaúcho é o terceiro pior do Brasil em termos de representatividade nos estados, mas que a cúpula nacional reconhece a importância política do Rio Grande do Sul e, por isso, será aliada para modificar o atual cenário. "O Estado vai ser priorizado", assegura Marchezan, que pretende trabalhar pela democratização interna e pelo fortalecimento da comunicação do partido.

Carlos Callegaro lidera a chapa vinculada aos integrantes da atual gestão do PSDB gaúcho. Ele integrou o governo de Yeda Crusius como presidente da Uergs e se orgulha da presença da ex-governadora na nominata da sua chapa. Callegaro vê como positiva a disputa interna. "Com as três chapas acabamos envolvendo pelo menos 600 pessoas, pois cada chapa coloca 200 nomes. Isso ajudou a mobilizar e oxigenar o partido", avaliou.

Tomaz Wonghon acredita que a chapa liderada por ele, que tem entre os seus membros o ex-vice-governador Vicente Bogo, conseguirá chegar próximo aos 40% na composição do diretório estadual. Na opinião de Wonghon, o processo partidário deve valorizar a construção coletiva e, por isso, não vê a presidência como a meta principal.

"Nossa visão é coletivista. Se a chapa coloca bom percentual (no diretório) tem essas pessoas que representam as suas ideias", concluiu.