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Fórum da Liberdade

- Publicada em 12 de Abril de 2011 às 00:00

Fórum da Liberdade ressalta o caminho digital para País crescer


ANDRÉ NETTO/JC
Jornal do Comércio
A cerimônia de abertura oficial da 24ª edição do Fórum da Liberdade foi recheada de discursos a favor da liberdade de expressão e do uso aberto da internet. Ressaltando o poder da tecnologia e da era digital para o desenvolvimento da sociedade, o presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Felipe Quintana, explicou que o tema deste ano, Liberdade na Era Digital, foi eleito após a entidade perceber o alcance que as informações via site e blog do evento obtiveram nas últimas edições.
A cerimônia de abertura oficial da 24ª edição do Fórum da Liberdade foi recheada de discursos a favor da liberdade de expressão e do uso aberto da internet. Ressaltando o poder da tecnologia e da era digital para o desenvolvimento da sociedade, o presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Felipe Quintana, explicou que o tema deste ano, Liberdade na Era Digital, foi eleito após a entidade perceber o alcance que as informações via site e blog do evento obtiveram nas últimas edições.
“Em apenas um ano, foram mais de 70 mil acessos”, disse Quintana, para um público composto por empresários, profissionais liberais, políticos, formadores de opinião, professores, imprensa e um grande vice-governador do Estado, Beto Grill, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, entre outras autoridades.
Em seu discurso, Quintana frisou que, sem a internet, o acesso aos debates e discussão de ideias do Fórum não teria a mesma força que alcançou, após a adesão à divulgação das informações na rede. “O estado pretende mais uma vez centralizar ao máximo as informações”, acusou. “Somos o País da tecnologia e da tributação”, continuou. “O governo brasileiro exige que qualquer jogo eletrônico seja aprovado por políticos antes de chegar ao mercado, querendo julgar antes o que é bom ou ruim para os cidadãos.” Enquanto era aplaudido pelo público, Quintana concluiu: “Imaginem como seria se, a cada criação de um novo site, fosse preciso cumprir todas as burocracias exigidas pelo governo para se abrir uma empresa. Certamente levariam meses para avaliar se determinada rede social poderia ser criada”.
Após o discurso de abertura, o presidente do IEE entregou o Premio Libertas ao diretor-executivo do instituto Millenium, Paulo Uebel. Homenageada com o Premio Liberdade de Imprensa, a jornalista cubana Yoani Sanchez não esteve presente porque não pode sair de seu país, mas uma delegação levou até ela a premiação e o público do evento pode assistir a um vídeo com seu depoimento sobre como a internet revolucionou a vida dos cubanos.
“Os jovens de Cuba têm conhecimento em informática e nos inserirmos no mundo para quebrar o silencio que durante 50 anos imperou no país, quando o povo foi esmagado pela máquina do governo, que nos silenciava permanentemente. Estou feliz por ser uma das pioneiras em abrir um caminho tecnológico, que tem interferido também nas artes e mudado o ativismo real do meu povo.”

Liberdades individuais e de opinião pontuam início dos debates na Capital gaúcha

Mayara Bacelar
O primeiro dia do 24º Fórum da Liberdade começou em ritmo descontraído e arrancando risadas do público que ocupou o Centro de Eventos da Pucrs ontem, em Porto Alegre. Com a participação do cantor Lobão e do jornalista e escritor Eduardo Bueno, o Peninha, as liberdades individuais e de opinião entraram em pauta no primeiro painel desta edição, se confundindo com a trajetória dos palestrantes e com a história do País.
Lobão, que fez a primeira palestra, abordou a falta de liberdade enquanto característica cultural do Brasil, ressaltando que, além da passividade com que enfrenta a própria condição, o brasileiro não aceita a liberdade de opinião. "A falta de exercício de opinião resulta de uma autocrítica falha do povo, tornando nossa imagem deformada com a condescendência diante da não opinião", disse o músico, reconhecido por suas declarações polêmicas. De acordo com ele, um dos problemas na democracia brasileira está justamente na intolerância com o pensamento alheio. "Se você tem uma opinião com a qual outra pessoa não concorda, você não é chamado para discutir, você é ejetado."
Desconstruindo ícones como Che Guevara e Chico Buarque de Holanda, Lobão fez duras críticas à educação brasileira, além de revelar a falta de união da classe artística no País, fator que impede o debate e o desenvolvimento de ações em prol da liberdade. Para finalizar, incentivou os jovens - que compunham a maior parte da plateia - a empreender. "Tem que fortalecer o empreendedorismo para o mérito do Brasil."
A internet e a revolução da informação possibilitada por ela deram a tônica da palestra de Eduardo Bueno. Ele afirmou que, apesar de não ser adepto de redes sociais, vê a web como uma ferramenta importante, na medida em que aumenta o "grau de liberdade e de possibilidade de opinião". "Isso não se encontra paralelo em nenhum momento da história da humanidade", disse Peninha.
A ressalva do escritor sobre a web encontra ponto comum na manifestação de Lobão. Peninha lembra que o poder da internet esbarra na falta de base educacional dos brasileiros. "Esse acesso é extremamente libertário e capaz de transformar nosso mundo num lugar menos rasteiro", aponta. "Mas isso só vai fazer diferença com a base da educação, e o Brasil é um país de analfabetos funcionais", acrescentou. Rememorando a própria jornada como escritor e pesquisador, Peninha lembrou que alcançou o reconhecimento fugindo da forma tradicional como a história era abordada em livros didáticos e acadêmicos, segundo ele carregadas de viés político. Apesar de se dizer contrário à ideia de que o mercado domine as mais diversas áreas da sociedade, Peninha elogiou o capitalismo. "O capitalismo foi a maior revolução pela qual já passamos e o único modelo que deu certo."

Índice Internacional de Direitos de Propriedade será lançado nesta terça-feira

O Índice Internacional de Direitos de Propriedade (IIDP), um projeto do Programa de Bolsas de Estudo Hernando de Soto, da Aliança de Direitos de Propriedade (ADP), será lançado no Brasil pelo Instituto Liberdade (IL), com o apoio do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), hoje, às 10h, durante o Fórum da Liberdade. O índice destaca a conexão entre Direitos de Propriedade e Bem-Estar Econômico. Combina o conhecimento dos dados e índices internacionais já existentes e reúne trabalhos de cooperação entre 67 parceiros globais, em 53 países em seis continentes. Os 129 países participantes do IIDP representam 97% do PIB mundial.
O IIDP é estruturado em três pilares: ambiente político e legal (independência do judiciário; confiança nos tribunais; estabilidade política e corrupção); direitos de propriedade material (proteção legal do direito à propriedade; registro de propriedade e acesso a empréstimos bancários) e direitos de propriedade intelectual (proteção aos direitos de propriedade intelectual; força das patentes; pirataria de direitos autorais e proteção de marcas registradas).
O objetivo da criação do Índice Internacional de Direitos de Propriedade foi desenvolver um indicador que classificasse países de acordo com a sua proteção aos direitos de propriedade privada; criar um indicador que integre os direitos de propriedade tanto material quanto intelectual e desenvolver uma classificação anual global como apoio às pesquisas das entidades parceiras. Com o índice, é possível realizar comparações entre países de acordo com seus sistemas de direitos de propriedade material e intelectual; além de auxiliar os países participantes na identificação de falhas na estrutura política e legal em direitos de propriedade.

Mostra cultural expõe conceitos ligados ao evento

Seguindo com sua missão de promover debates sobre ideias que causam impacto na vida das pessoas, o XXIV Fórum da Liberdade apresenta, além de palestras com nomes de destaque nacional e internacional, uma mostra cultural sobre o mesmo tema do evento, Liberdade na Era Digital. A exposição está instalada ao lado do auditório onde serão realizadas as palestras. O objetivo da mostra é expor conceitos abordados nas conferências de forma interativa e didática, contribuindo para a experiência de informação e reflexão que o Fórum da Liberdade propõe aos seus participantes. São seis espaços temáticos relacionados aos painéis do Fórum: o Futuro da Educação; Transparência Pública; Caminhos e Tendências; Governos e Censura; A Economia da Web e Internet e Individualidade.

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