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- Publicada em 14 de Janeiro de 2011 às 00:00

Doux deve regularizar as dívidas nos próximos três meses


CLAUDIO FACHEL/JC
Jornal do Comércio
Após meses de negociações com os produtores integrados e o estabelecimento de diversos calendários de pagamento dos lotes atrasados, o diretor da Doux-Frangosul Aristides Vogt disse, nesta quinta-feira, ao prefeito de Montenegro, Percival Souza de Oliveira, que em três meses a empresa pretende regularizar suas contas. O executivo foi chamado pelo prefeito para uma reunião em função do agravamento da situação dos produtores integrados, que agora estão, aos poucos, deixando de alojar os pintos. "Nossa ideia era conversar com o diretor para ter uma dimensão do quadro atual da empresa, especialmente no que diz respeito aos integrados, que a nosso ver são o único problema que a empresa enfrenta hoje", disse Oliveira.
Após meses de negociações com os produtores integrados e o estabelecimento de diversos calendários de pagamento dos lotes atrasados, o diretor da Doux-Frangosul Aristides Vogt disse, nesta quinta-feira, ao prefeito de Montenegro, Percival Souza de Oliveira, que em três meses a empresa pretende regularizar suas contas. O executivo foi chamado pelo prefeito para uma reunião em função do agravamento da situação dos produtores integrados, que agora estão, aos poucos, deixando de alojar os pintos. "Nossa ideia era conversar com o diretor para ter uma dimensão do quadro atual da empresa, especialmente no que diz respeito aos integrados, que a nosso ver são o único problema que a empresa enfrenta hoje", disse Oliveira.
Na saída da reunião, Vogt se negou a dar entrevista e apenas disse que estava ali "convocado pelo prefeito". Durante o encontro, o executivo teria dito ainda que a empresa tem um crédito de R$ 40 milhões com o governo federal, relativo a PIS e Cofins, valor que não está sendo pago. "Vogt disse que em 2010 a Doux não recebeu nada, mas que em 2009 essa restituição vinha ocorrendo de forma normal. Só que, de um ano para outro o fluxo cessou, o que gerou um baque na empresa", informou o vice-prefeito Marcos Gilberto Griebeler.
Na opinião dele, caso o pagamento desse montante fosse feito agora, seria possível pagar os integrados. "O diretor nos disse que com apenas um quarto do valor, ou seja, com R$ 10 milhões, seria possível ressarcir os atrasados." Oliveira destacou ainda o grande problema de crédito, enfrentado até hoje pela empresa, que desde a crise de 2009 a obriga a pagar tudo à vista, especialmente insumos como milho e soja. "O problema do dólar também pesou", ressaltou o prefeito.
O presidente da Fetag, Elton Weber, disse que a empresa reiterou na tarde de quinta-feira que vai continuar com atraso de 90 dias no pagamento dos lotes e que não deve mais faltar ração. "Eles sinalizaram com novidades em 45 dias. É possível que isso tenha a ver com a regularização dos pagamentos", disse Weber. O dirigente afirmou que tem insistido com a empresa para que ela se manifeste publicamente, sobre as novas propostas apresentadas aos produtores. "Digo para eles abrirem o jogo com a imprensa, divulgando eles mesmo suas medidas e não através das entidades", disse Weber. Sobre a reunião que seria realizada nesta semana entre a empresa e os produtores, a Fetag permanece sem uma resposta da Doux sobre a data do encontro, que na opinião de Weber não deve mais se realizar. "Eles já falaram tudo que tinham para falar. O que esperamos é que tudo se resolva em pouco tempo."
Mesmo com a suspensão dos alojamentos, medida tomada por mais de 100 produtores em todo o Estado, o prefeito de Montenegro se disse otimista sobre a manutenção da parceria entre a empresa e os integrados. "Foram muito poucas rescisões dos integrados até então e mesmo que alguns estejam parando, eles sabem que o problema é temporário e a tendência é de se normalizar", disse Oliveira. O prefeito disse ainda que em nenhum momento da reunião o diretor da empresa citou a possibilidade de vender a Doux. "Eles informaram que o lucro chegou a R$ 31 milhões em 2010 e que o problema é o descompasso de caixa", disse Griebeler.
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