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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 10 de Agosto de 2009 às 00:00

Banco de dados vai monitorar qualidade do vinho nacional


JOÃO MATTOS/JC
Jornal do Comércio
O vinho brasileiro tem agora uma espécie de guardião da sua autenticidade e qualidade. Trata-se do banco de dados nacional da bebida, com amostras dos cinco principais estados produtores e que funciona no Laboratório de Referência Enológica (Laren), em Caxias do Sul.
O vinho brasileiro tem agora uma espécie de guardião da sua autenticidade e qualidade. Trata-se do banco de dados nacional da bebida, com amostras dos cinco principais estados produtores e que funciona no Laboratório de Referência Enológica (Laren), em Caxias do Sul.
Com o acervo, que anualmente recebe novas safras de vinho, especialistas e entidades do setor esperam um aumento do controle contra falsificações e que o produto brasileiro conquiste maior reconhecimento no exterior. Entre os testes realizados pelo laboratório, estão o de excesso de açúcar de cana e o mais recente, de adição de água.
O banco, que soma cerca de 1,5 mil amostras da bebida, anualmente ampliará sua base. O projeto exigirá investimento de R$ 500 mil, sendo que o governo federal financiará R$ 192 mil, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Para completar os recursos, a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), responsável pelo Laren, e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) repassarão verbas. O projeto conta ainda com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Ministério da Agricultura.  
Para formar este banco de dados nacional, o Laren realizou, nesta safra de 2009, 230 microvinificações no Rio Grande do Sul e 60 em Santa Catarina. No segundo semestre, colherá 40 amostras no Vale do São Francisco (reunindo os estados de Pernambuco e Bahia) e de 10 a 20 amostras em São Paulo e Minas Gerais. “Isto nos permitirá uma comparação entre todas as regiões produtoras de uvas e vinho no Brasil”, destaca Regina Vanderline, coordenadora do banco e professora da UCS. “Poderemos conhecer mais a fundo as características dos vinhos elaborados no Nordeste”, acrescenta.
O diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, destaca que o acervo permitirá maior conhecimento do padrão da bebida de Baco de cada região. A condição deve facilitar processos de denominação de origem, que no Brasil ainda não foi conquistada por nenhuma localidade vitivinícola. O Vale dos Vinhedos, na Serra gaúcha, obteve neste ano a indicação geográfica, um trampolim para a certificação que atesta características peculiares de clima, perfil da uva e resultado do vinho. 
“O banco não serve apenas para fiscalização. Teremos maior conhecimento sobre nosso vinho e como é estágio de desenvolvimento de cada região”, explica Paviani. O diretor-executivo do Ibravin aposta na aceleração de processos de identificação da bebida nativa em cada estado.
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