PCdoB fará campanha para buscar mais filiados no Estado

"Desde a legalização do PCdoB, em 1985, este é o melhor momento da sigla no Rio Grande do Sul." A afirmação é do presidente estadual do partido, Adalberto Frasson, que observa o crescimento da legenda em disputas majoritárias, o aumento das bancadas nos Legislativos e a participação em Executivos.

No Rio Grande do Sul, a sigla atuou ao lado do PT na campanha do governador Tarso Genro e hoje tem duas secretarias estaduais: Turismo, sob o comando de Abgail Pereira - que foi candidata ao Senado -, e Meio Ambiente, com a ex-deputada Jussara Cony.

Essa participação, na opinião de Frasson, favorece a visibilidade da atuação do partido. Também contribuirá a ampliação do número de parlamentares eleitos no Estado. Na Câmara dos Deputados, a excepcional votação de

Manuela D'Ávila - que obteve 482.590 sufrágios - fez com que o PCdoB conquistasse mais uma vaga, com Assis Melo. Na Assembleia Legislativa, a cadeira de Raul Carrion, reeleito, foi mantida. Mas Frasson observa que dos 23 candidatos da nominata, 21 nomes estrearam em disputas eleitorias. "Uma candidatura forte exige um maior tempo de maturação", observa.

Até o próximo pleito, em 2012, o objetivo é ampliar a presença do partido no Interior do Estado, com uma forte atuação política. A partir de março, o PCdoB fará um trabalho intenso de filiação partidária. A legenda tem 16.706 filiados no Rio Grande do Sul e 270.745 em todo o Brasil. No País, o PCdoB elegeu em 2010 um senador, 15 deputados federais e 18 estaduais.

Frasson avalia que o partido tem forte apelo dos eleitores e lideranças mais jovens. No entanto, isso não impede que o PCdoB deixe de representar o restante da população. "O PCdoB é jovem não só pela sua composição, mas pelas ideias. Estamos bastante presentes no movimento dos trabalhadores. Na Serra gaúcha, por exemplo, o PCdoB dirige a maioria dos sindicatos. Tanto é verdade que elegemos um deputado federal, metalúrgico (Assis Melo), oriundo deste movimento."

Além de ampliar o número de candidaturas a prefeito e vereador no Estado, o PCdoB aspira vencer a disputa em Porto Alegre, obtendo em 2012 a prefeitura da Capital gaúcha, que serviu de vitrine para o PT, quando a sigla era menor.

"Pretendemos avançar como protagonistas, apresentar nossas propostas à sociedade. Só o fato de o partido ter no horizonte essa possibilidade (candidatura própria à prefeitura da Capital) já demonstra o novo momento que vivemos", comemora Frasson. A deputada federal Manuela D'Ávila será a candidata - ela já disputou o paço municipal em 2008, ficando em terceiro lugar.

O PCdoB sonha em manter a aliança da Unidade Popular pelo Rio Grande (PT-PSB-PCdoB-PR) em torno do nome de Manuela. "O melhor seria a coligação que garantiu a eleição de Tarso. Seria importante para Porto Alegre e também para reforçar o projeto que iremos implementar no Estado. Mas não descartamos dialogar com outros partidos", diz Frasson.