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Opinião

Artigo

- Publicada em 06 de Janeiro de 2011 às 00:00

É preciso fazer acontecer


Jornal do Comércio
O processo republicano brasileiro expõe a todos nós, a cada quatro anos, a uma espécie de momento de vácuo, de transitoriedade do modo com que vinha sendo e que passará a ser governado o município, o Estado ou ainda o País. Esse é o tempo que estamos vivenciando agora e que se faz acompanhar de uma enorme expectativa em possíveis políticas públicas que atendam, de fato, ao interesse público. Nesse período também se renova a esperança de que o “novo” governo possa contribuir tanto para o desenvolvimento sustentado do Estado quanto para colocá-lo a serviço da melhoria da vida das pessoas. Essa realidade recrudesce a lembrança de uma discussão que não é de hoje, mas que se mantém muito atual e que gira em torno das noções de projeto e de grupo político. Tanto um quanto o outro, apesar de suas naturezas distintas, buscam promover as transformações do sistema econômico de produção, distribuição e consumo de tal forma que toda a Nação dele possa desfrutar.
O processo republicano brasileiro expõe a todos nós, a cada quatro anos, a uma espécie de momento de vácuo, de transitoriedade do modo com que vinha sendo e que passará a ser governado o município, o Estado ou ainda o País. Esse é o tempo que estamos vivenciando agora e que se faz acompanhar de uma enorme expectativa em possíveis políticas públicas que atendam, de fato, ao interesse público. Nesse período também se renova a esperança de que o “novo” governo possa contribuir tanto para o desenvolvimento sustentado do Estado quanto para colocá-lo a serviço da melhoria da vida das pessoas. Essa realidade recrudesce a lembrança de uma discussão que não é de hoje, mas que se mantém muito atual e que gira em torno das noções de projeto e de grupo político. Tanto um quanto o outro, apesar de suas naturezas distintas, buscam promover as transformações do sistema econômico de produção, distribuição e consumo de tal forma que toda a Nação dele possa desfrutar.
A relevância do conceito de projeto político, um texto articulado de ideias, planos e compromissos para gerir e servir à coisa pública, não deve permitir que se alberguem no esquecimento os inúmeros projetos que foram oferecidos à sociedade e que não passaram, em verdade, de cartas de intenções. É evidente que não se pode negar a importância ou a necessidade da existência de um projeto delineador das ações de um governo, todavia, o fato da sua existência, por si só, em nada garante a sua realização. É preciso mais. Entre o querer e o poder fazer há uma distância cuja medida pode ser dada pelos responsáveis em dar existência ao projeto político idealizado. A ideia de grupo enquanto elemento vetorial da práxis política se fortalece na medida em que nele se concentra a capacidade de agir. Em 1903, durante o Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo, ocorrido em Londres, Lênin havia chamado a atenção para a importância do grupo técnico e profissional para “preparar o caminho” na direção das mudanças pretendidas. Existia o projeto marxista de Estado e de sociedade, contudo, os bolcheviques sabiam que sem o grupo seria como deixar se esvair a condição de possibilidade de levar o projeto à prática. Projeto e grupo político não são excludentes, entretanto, é sabido que para sair do papel há que subsistir a decisão de querer fazer. Mais do que preparar o caminho é indispensável fazer acontecer.  
Médico
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