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Opinião

Editorial

- Publicada em 29 de Dezembro de 2010 às 00:00

Políticos chegam na geração Y e o Brasil espera mais


Jornal do Comércio
É incrível a capacidade de comunicação e convencimento do presidente Lula. Ele explica todos os seus pontos de vista de uma maneira tal que até mesmo o seu mais ferrenho adversário político poderá sair da frente dele e mudar de partido. Foi o que aconteceu na entrevista coletiva com os jornalistas credenciados no Palácio do Planalto. Um Lula da Silva mais leve, solto e convincente como jamais antes tivemos um presidente na história desse País. Recapitulou, disse que é fácil e gostoso administrar o Brasil e não deu atenção aos seus antecessores, que não “fizeram o óbvio, como ele”. Assim, a denominação das gerações de políticos chega ao final do alfabeto, porém faltam ao Rio Grande e ao Brasil alguém que, seja da geração X, Z ou Y, avance com gestão eficiente e que evite a desindustrialização. No Estado, a mixórdia política-jurídico-administrativa faz com que problemas se arrastem por anos. 
É incrível a capacidade de comunicação e convencimento do presidente Lula. Ele explica todos os seus pontos de vista de uma maneira tal que até mesmo o seu mais ferrenho adversário político poderá sair da frente dele e mudar de partido. Foi o que aconteceu na entrevista coletiva com os jornalistas credenciados no Palácio do Planalto. Um Lula da Silva mais leve, solto e convincente como jamais antes tivemos um presidente na história desse País. Recapitulou, disse que é fácil e gostoso administrar o Brasil e não deu atenção aos seus antecessores, que não “fizeram o óbvio, como ele”. Assim, a denominação das gerações de políticos chega ao final do alfabeto, porém faltam ao Rio Grande e ao Brasil alguém que, seja da geração X, Z ou Y, avance com gestão eficiente e que evite a desindustrialização. No Estado, a mixórdia política-jurídico-administrativa faz com que problemas se arrastem por anos. 
O real sobrevalorizado e a queda da produção industrial em detrimento dos importados faz o Brasil queimar uma etapa da era pós-industrial e apostar nos serviços para gerar os três milhões de empregos anuais necessários para acolher a mão de obra que chega ao mercado. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) vem alertando que não atingimos um patamar de renda per capita que sustente uma economia pós-industrial, baseada em serviços que gerem renda e emprego para os brasileiros, como ocorre em países avançados. A participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) nacional será de 15,9% em 2010. Em 1985, o percentual era de 27,2%. Nos Estados Unidos, a participação da indústria é de 14%. No Reino Unido, de 13%. No Japão, a indústria representava 20% do PIB no pós-guerra. A Coreia do Sul tem 20% do PIB na indústria e a China, 40%. A atual renda média do brasileiro não sustenta uma economia baseada em serviços e, sem indústria, a economia perde seu motor e tende à estagnação. O fato é que quando a renda per capita é alta, vamos mais ao cinema, cortar o cabelo, ao restaurante, à lanchonete e isso tudo é serviço.
O Brasil iniciou a redução da presença da indústria na economia precocemente, sem um valor alto do PIB per capita. Não chegamos à fase pós-industrial, pois ainda faltam 20 ou 30 anos. Até lá, ainda teremos que colocar muito a mão na graxa para garantir renda e três milhões de emprego por ano necessários para absorver a População Economicamente Ativa (PEA). A perda de competitividade da indústria pode ser verificada pelo aumento das importações e a redução das exportações de manufaturas. O País deverá registrar déficits recordes na balança comercial de manufaturados. Para 2010 a projeção é de um saldo negativo de US$ 51,9 bilhões. Para 2011, a previsão é ainda pior. Se não houver mudanças no cenário econômico nacional, o déficit comercial de manufaturados pode alcançar até US$ 80 bilhões no ano que vem. Precisamos acabar com a aparência de que a economia vai muito bem. O incremento nas exportações brasileiras se dá apenas pela alta do preço das commodities exportadas, que é algo conjuntural. No terceiro trimestre de 2010, a indústria nacional supriu somente 41,6% das necessidades de consumo, enquanto as importações abocanharam 58,4% do total. Que venha a geração Y de governantes no Estado e no Brasil, com boa gestão.
Editorial
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