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Opinião

Artigo

- Publicada em 29 de Dezembro de 2010 às 00:00

Ovo de pato


Jornal do Comércio
As recentes declarações do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, de que “o prefeito tem que botar o ovo e cacarejar” permitem alguns comentários. O primeiro é que o próprio Fortunati declara que ele e o outro José, que ele sucedeu, são pessoas bem diferentes. Realmente é difícil substituir um poeta, especialmente nas frases. Mas dizer que sua frase do dia a dia é que “queria um feijão com arroz de primeira qualidade” não parece muito distante da “imparcialidade ativa” do poeta. Fato é que os grandes temas da cidade não são objeto de trabalho das administrações dos Zés. Por isso esse apego agora à questão das calçadas e não ao tamanho dos prédios ou ao zoneamento. Aos cachorros revirando as latas e não à coleta deste lixo, a questão do destino final. Outra colega de cidade que andou cacarejando bastante foi a governadora Yeda com a questão das Parcerias Público-Privadas – PPPs. Agora, vendo que não poderia entregar os ovos, resolveu esconder o ninho e cancelou os editais. Sem falar no tal de “déficit zero”, que nada mais é do que a redução de gastos com custeio, especialmente nas áreas da saúde e educação. O que mais une os Zés, muito mais que os distancia, é a crença de que certas práticas da iniciativa privada podem ser facilmente introduzidas no setor público e os resultados (ovos) irão aparecer. Mas, a julgar pelo que temos visto e ouvido da população, essa frase de certos executivos de que “não interessa se o pato é macho, o que querem é ovo” não produz efeitos práticos por osmose.
As recentes declarações do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, de que “o prefeito tem que botar o ovo e cacarejar” permitem alguns comentários. O primeiro é que o próprio Fortunati declara que ele e o outro José, que ele sucedeu, são pessoas bem diferentes. Realmente é difícil substituir um poeta, especialmente nas frases. Mas dizer que sua frase do dia a dia é que “queria um feijão com arroz de primeira qualidade” não parece muito distante da “imparcialidade ativa” do poeta. Fato é que os grandes temas da cidade não são objeto de trabalho das administrações dos Zés. Por isso esse apego agora à questão das calçadas e não ao tamanho dos prédios ou ao zoneamento. Aos cachorros revirando as latas e não à coleta deste lixo, a questão do destino final. Outra colega de cidade que andou cacarejando bastante foi a governadora Yeda com a questão das Parcerias Público-Privadas – PPPs. Agora, vendo que não poderia entregar os ovos, resolveu esconder o ninho e cancelou os editais. Sem falar no tal de “déficit zero”, que nada mais é do que a redução de gastos com custeio, especialmente nas áreas da saúde e educação. O que mais une os Zés, muito mais que os distancia, é a crença de que certas práticas da iniciativa privada podem ser facilmente introduzidas no setor público e os resultados (ovos) irão aparecer. Mas, a julgar pelo que temos visto e ouvido da população, essa frase de certos executivos de que “não interessa se o pato é macho, o que querem é ovo” não produz efeitos práticos por osmose.
Economista
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