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Coluna

- Publicada em 27 de Dezembro de 2010 às 00:00

Malas prontas e muita bagagem


Jornal do Comércio
Após oito anos de mandado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa o Palácio do Planalto com uma popularidade invejável, índice de aprovação de 87% e sem nenhuma modéstia, pródigo em autoelogios à sua gestão e sem autocrítica. Lula se prepara para deixar a presidência e leva na bagagem milhares de presentes e recordações. Vão desde uma espada de ouro vermelho, peças de rubis e brilhantes - lembranças do rei da Arábia Saudita -, a regalos mais simples, como camisetas de times de futebol, cuias de chimarrão e até batedeiras.
Após oito anos de mandado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa o Palácio do Planalto com uma popularidade invejável, índice de aprovação de 87% e sem nenhuma modéstia, pródigo em autoelogios à sua gestão e sem autocrítica. Lula se prepara para deixar a presidência e leva na bagagem milhares de presentes e recordações. Vão desde uma espada de ouro vermelho, peças de rubis e brilhantes - lembranças do rei da Arábia Saudita -, a regalos mais simples, como camisetas de times de futebol, cuias de chimarrão e até batedeiras.
Eleição de Dilma Rousseff
Com contagem regressiva do tempo que falta para deixar o Planalto, Lula só ficou mais tranquilo ao conseguir eleger sua sucessora, Dilma Rousseff, que tem o compromisso de dar continuidade a seus projetos. Com a proximidade do fim de mandato, o tom de despedida tomou conta dos discursos, a voz embargou e, em alguns momentos, Lula chorou ao ver as imagens das realizações do governo. Ele nunca deixou de lado o bordão que marcou suas manifestações: "Muita gente fala: o Lula está descobrindo o Brasil. Eu não estou descobrindo. Nós apenas estamos fazendo o que os outros não fizeram". O discurso saudosista, sem dúvida, foi a marca do presidente que se diz "pré-destinado a governar o País. Fez comparações com o gaúcho Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e até Jesus Cristo. Em visita ao Nordeste, ao falar sobre a transposição do rio São Francisco, Lula disse que fez o que nem mesmo Dom Pedro conseguiu. "Dom Pedro, que era imperador, filho de rei, não conseguiu fazer". E acrescentou, sem falsa modéstia: "foi preciso vir um cara de Garanhuns, filho de dona Lindú, casado com dona Marisa Letícia para poder fazer".
Agenda intensa até o Fim
O presidente visitou, durante o período, 84 países, além da Guiana Francesa e a Palestina. Sua volta ao mundo durou 477 dias. Pelo Brasil, viajou 672 dias ao longo de seus dois mandatos. Passou mais de um ano viajando ao exterior. Quer aproveitar até o último segundo a presidência da República com agenda intensa até o fim. O presidente chega ao término dos oito anos no poder com um saldo favorável. Com seus 87 % de aprovação do povo brasileiro. Em sua opinião o índice é ainda maior. "Não passa de 100% porque o Ibope ainda não inventou esse tipo de pesquisa. E isso é resultado de uma coisa. Trabalho, só trabalho".
O último desfile
A mudança de Lula e seus presentes de Brasília para São Bernardo do Campo vão encher mais de 10 caminhões, com um milhão e meio de objetos. No pacote, 14 mil cartas. O presidente disse que está chateado por não poder levar com ele o "Aero Lula" (avião presidencial que o levou a 84 países e a todos os estados brasileiros). "Pensei que o avião era meu e eu podia levar. Não posso porque o avião vai ser o "Aero Dilma". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá sinais de que não abandonará a vida política, apesar de se dizer emocionado e que vai voltar a ser um cidadão comum. "Saio do Governo para viver a vida das ruas, ser homem do povo que sempre fui. Serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino. Não me pergunte sobre o meu futuro porque vocês já me deram um grande presente." A previsão é que até abril Lula inaugure seu Instituto, em São Paulo. Mas ele diz que vai descansar. "Se a partir de maio ou junho virem um baixinho barbudo com uma sunga comprida, é o Lulinha, que vai tá lá, tomando banho na Praia de Copacabana (Rio)".
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