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Câmbio

- Publicada em 01 de Outubro de 2010 às 00:00

Dólar tem queda de 0,76% e rompe o limite de R$ 1,70


Jornal do Comércio
O grande fluxo de dólar na economia levou o valor da moeda norte-americana a R$ 1,692, recuo de 0,76%. A compra maciça de dólares pelo Banco Central (US$ 9 bilhões) não conseguiu segurar a cotação em níveis acima do R$ 1,70. A quebra desse limite gerou reações negativas no setor industrial exportador. Segundo a indústria, a valorização do real tem minado a capacidade de competição da indústria nacional diante dos concorrentes internacionais.
O grande fluxo de dólar na economia levou o valor da moeda norte-americana a R$ 1,692, recuo de 0,76%. A compra maciça de dólares pelo Banco Central (US$ 9 bilhões) não conseguiu segurar a cotação em níveis acima do R$ 1,70. A quebra desse limite gerou reações negativas no setor industrial exportador. Segundo a indústria, a valorização do real tem minado a capacidade de competição da indústria nacional diante dos concorrentes internacionais.
Isso é apontado pela indústria como um paradoxo, num momento em que o Brasil é apontado como uma grande opção de investimento em todo o mundo. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) acusa uma parte do governo - o Banco Central - de anular todo o esforço da indústria na busca de competitividade.
"Toda a inovação, o processo de melhoria e o avanço tecnológico em busca da competitividade permitem que alcancemos, depois de muito tempo, ganhos de 3% ou 4%. O câmbio destrói isso em pouco tempo", afirmou José Velloso, primeiro vice-presidente da Abimaq. A crítica da associação em relação ao dólar é bem dirigida. Segundo Velloso, a indústria reconhece o ingresso de dólares na economia brasileira como parte do sucesso do agronegócio brasileiro e das commodities metálicas no mercado internacional.
Para especialistas do setor financeiro, o Banco Central segurou a queda mais acentuada do dólar. Felipe Brandão, especialista de mercados emergentes da Icap Brasil, aponta os juros domésticos como fator preponderante para esse movimento no Brasil. Segundo ele, essa situação deverá continuar. Mas, à semelhança de outros especialistas, ele acredita em novas medidas do governo para deter a queda livre do câmbio.
"O Banco Central vai agir. Acho que o real não deve se valorizar muito mais do que a taxa atual. No curto prazo, o dólar deve variar entre R$ 1,68 e R$ 1,72", diz. Cristiano Souza, economista do banco Santander, lembra que outras variáveis podem ajudar a conter a derrocada do câmbio. Ele nota que o enfraquecimento do balanço de pagamentos, como observado nos últimos meses, pode ser o fator estrutural que vai, inclusive, fazer as taxas oscilarem mais perto do R$ 1,80.
Os dados positivos da economia norte-americana, até melhores do que o esperado, não impediram que as principais bolsas de valores encerrassem o dia no campo negativo. A exceção foi a brasileira BM&FBovespa, que operou em queda durante boa parte do dia, recuperando terreno somente na última hora do pregão. E a taxa de câmbio, apesar das novas intervenções do Banco Central, rompeu o piso de R$ 1,70 pela primeira vez em dois anos. No mês, a bolsa acumulou valorização de 6,58%, enquanto o dólar cedeu 3,7% no mesmo período.
Já o índice Ibovespa subiu 0,29% nesta quinta-feira, aos 69.429 pontos, o patamar mais alto desde 23 de abril. O giro financeiro foi de R$ 7,8 bilhões, número bem acima da média do mês (R$ 6,5 bilhões/dia). Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 0,44% no encerramento das operações.
Para analistas, a maioria dos investidores optou por realizar lucros (vender ações muito valorizadas para embolsar os ganhos) após um mês favorável para os mercados de ações.
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