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Inovação

- Publicada em 06 de Setembro de 2010 às 00:00

Silveira pesquisa uso do xisto na agricultura


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Jornal do Comércio
Um trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em sua unidade Clima Temperado, de Pelotas, levará para o mercado o calcário de xisto. O produto, que é recomendado tanto por seus efeitos corretivos no solo quanto como uma opção de fertilizante (devido ao alto nível de nutrientes que fornece), já recebeu as aprovações necessárias, tanto do ponto de vista ambiental quanto nutricional.
Um trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em sua unidade Clima Temperado, de Pelotas, levará para o mercado o calcário de xisto. O produto, que é recomendado tanto por seus efeitos corretivos no solo quanto como uma opção de fertilizante (devido ao alto nível de nutrientes que fornece), já recebeu as aprovações necessárias, tanto do ponto de vista ambiental quanto nutricional.
Esse trabalho começou a ser feito a partir de uma parceria mantida pela Embrapa com a Petrobras desde os anos 1970 em São Mateus do Sul (PR). Em 2003, os pesquisadores perceberam que as lentes de calcário de xisto (rochas com a espessura de um palmo) existentes nas minas tinham potencial de agentes corretivos do solo.
Dois anos depois, essas rochas de calcário de xisto foram levadas a campo e submetidas aos mesmos processos industriais do calcário tradicional, como de moagem e peneira. Foi então que se comprovou que, além do cálcio e do magnésio, o produto obtido do xisto continha 28% de silício, considerado elemento importante para que as gramíneas e outras culturas, como a batata e o feijão, absorvam os nutrientes.
O calcário de xisto possui ainda enxofre, cobre e zinco. "Esses elementos corrigem o solo e fornecem esses outros nutrientes para as plantas. É a chave para colocar no mercado produtos com poder de correção do calcário e também de fornecedor de nutrientes", explica o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Carlos Augusto Silveira.
Esse trabalho de pesquisa está sendo realizado no Paraná, em uma área de 10 hectares, na qual são conduzidos experimentos com calcário de xisto em lavouras de milho, soja, feijão e trigo. Em Santa Catarina, estes testes acontecem com videiras e, em Pelotas, com arroz, soja, milho e trigo. A iniciativa tem a parceria ainda do Instituto Agronômico do Paraná.
Como a Petrobras detém a matéria-prima, a empresa é que irá definir como será feita a comercialização dessa tecnologia, que deve acontecer em uma ação conjunta com a BR Distribuidora. "O calcário de xisto já tem todas as liberações que o posicionam como um produto seguro para o meio ambiente e na produção de alimentos", diz Silveira, afirmando que a expectativa é que o produto chegue ainda esse ano no mercado.
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