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eleições

- Publicada em 15 de Julho de 2010 às 00:00

Tarso e Fogaça discutem as diferenças


CLAUDIO FACHEL/JC NABOR GOULART/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Os candidatos mais bem colocados na disputa ao Palácio Piratini foram convidados a participar ontem pela manhã de um painel do Sindicato dos Técnicos do Tesouro do Estado (Afocefe), no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. Separadamente, sem debater entre si, eles discutiram investimentos e tributos no Estado.

Os candidatos mais bem colocados na disputa ao Palácio Piratini foram convidados a participar ontem pela manhã de um painel do Sindicato dos Técnicos do Tesouro do Estado (Afocefe), no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. Separadamente, sem debater entre si, eles discutiram investimentos e tributos no Estado.

O primeiro a se pronunciar foi Tarso Genro (PT), acompanhado do vice Beto Grill (PSB). O ex-ministro surpreendeu. Ao invés do discurso com elogios ao governo federal, optou por diferenciar seus projetos dos de José Fogaça (PMDB).

O petista acusou o adversário, sem citá-lo nominalmente, de estar imitando suas bandeiras. "As declarações que tenho feito estão sendo copiadas e isso confunde as pessoas", recriminou.

Para Tarso, a maior diferença é o conceito que ambos possuem em relação ao desenvolvimento regional - ponto crucial da campanha de Fogaça. "Não proponho polos de desenvolvimento. Essa é uma visão atrasada, pois supõe a existência de centro e periferia", explicou, acrescentando que o estímulo às localidades deve se dar com a formação de redes.

Tarso afirmou que seu governo se baseará em três pilares orçamentários para investir: aumento da arrecadação, captação de recursos em agências internacionais e verbas da União.

"O Rio Grande do Sul precisa adotar uma postura pró-ativa em relação ao governo federal", defendeu.

Ele também não descartou a possibilidade de conceder incentivo fiscal a empresas como forma de amenizar as desigualdades entre as regiões do Estado.

Sobre segurança pública, o petista reforçou a necessidade de se executar as políticas apregoadas pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) - que implementou quando foi ministro da Justiça.

Por fim, Tarso defendeu a manutenção de um Estado forte, com controle social exercido através do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico do Rio Grande do Sul. "Vou instituir esse conselho e certamente a Afocefe estará nele", adiantou.

Em seguida, foi a vez de Fogaça se pronunciar, acompanhado do coordenador de campanha, deputado federal Mendes Ribeiro Filho (PMDB). O peemedebista foi o único candidato ovacionado pela plateia.

Os aplausos vieram quando o ex-prefeito de Porto Alegre defendeu a necessidade de se realizar concurso público para contratar mais técnicos do Tesouro. "Precisamos recompor o serviço público", argumentou. Essa é uma das reivindicações da categoria, já que a última seleção foi há 10 anos.

Na mesma linha, o candidato prometeu aumentar os efetivos da Brigada Militar e da Polícia Civil. E sinalizou também com a possibilidade de construção de um aeroporto internacional para cargas em Passo Fundo.

Em defesa de sua principal bandeira, Fogaça informou que baseia suas propostas de desenvolvimento regional no estudo "Rumos 2015", elaborado pelo governo peemedebista de Germano Rigotto (2003-2006). "É o mais minucioso estudo das potencialidades do Rio Grande", pontuou.

Ainda sobre o assunto, disse que o Estado não possui apenas um polo. "Há muito tempo que o Rio Grande do Sul deixou de ser um Estado unicêntrico. Temos inúmeros centros de gravidade política e econômica."

Em sintonia com o que prega a governadora Yeda Crusius (PSDB), que tenta a reeleição, Fogaça defendeu a manutenção do ajuste fiscal. "É preciso exercer um controle matricial da arrecadação e das despesas."

O último a falar foi o deputado estadual Berfran Rosado (PPS), representando Yeda. O candidato a vice-governador fundamentou seu pronunciamento nos feitos do governo atual para legitimar a tucana como única candidata capaz de garantir a continuidade do déficit zero.

"O Estado não conseguia pagar suas contas. O ajuste fiscal foi uma obstinação política da governadora para recuperar a capacidade de investimento", elogiou.

Para demonstrar que a diretriz não acarretou deterioração dos serviços públicos, Berfran sustentou que o governo

Yeda gastou em média R$ 1,8 bilhão ao ano em saúde - contra R$ 1,6 bilhão no governo Rigotto e R$ 1,5 bilhão na gestão petista de Olívio Dutra (1999-2002).

"O ajuste foi feito justamente para que pudéssemos voltar a prestar serviços de qualidade à população", disse o candidato a vice.

Yeda mobiliza os aliados na Capital

Ato político no Clube Farrapos reuniu lideranças da coligação

Paula Coutinho

A governadora e candidata à reeleição Yeda Crusius (PSDB) realizou, ontem à noite, o primeiro ato de campanha, após a convenção estadual dos tucanos. Eram 19h40min, quando ela entrou no salão do Clube Farrapos, em Porto Alegre, onde foi recebida pela militância, que agitava bandeiras ao som do jingle de campanha. Batizado de Superquarta, o evento marca a largada da mobilização da coligação (PSDB, PPS, PP, PRB, PSL, PSC, PHS, PTdoB) no Estado.

A atividade de ontem contou com a presença da vice-presidente nacional do PSDB, senadora Marisa Serrano, dos presidentes e principais lideranças dos partidos aliados, além do vice Berfran Rosado (PPS) e da candidata ao Senado, Ana Amélia Lemos (PP). A vinda do presidente nacional tucano, Sérgio Guerra, era aguardada, mas compromissos o impediram de comparecer. Ao discursar, a governadora registrou o entusiasmo da militância e a sua confiança na reeleição. "Nós podemos ainda mais. É o povo que nos diz isso e os abraços que recebemos nas ruas."

Yeda também lembrou dos momentos de pressão que sofreu, especialmente durante a CPI da Corrupção, na Assembleia Legislativa. "Lançaram dúvida sobre o Rio Grande e a política que fizemos. Atacaram a mim e à minha família", relatou.

O vice Berfran destacou o mérito da gestão tucana em zerar o déficit financeiro. "O Rio Grande ganhou autonomia e capacidade de investimento." Também criticou a administração federal, que acusou de praticar "autoritarismo disfarçado de governo republicano".

A candidata ao Senado da coligação, Ana Amélia Lemos, afirmou ao público que fará "a campanha com o coração e não com o fígado".

O prefeito de Uruguaiana, Sanchotene Felice (PSDB), falou representando os gestores municipais. Reforçou a necessidade de a campanha transmitir de forma fácil e direta as ações e realizações do governo Yeda, como forma de converter votos a favor da candidatura.

Também marcaram presença na atividade os candidatos às vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, com quem a governadora aproveitou para, antes do evento, em uma sala anexa, uma espécie de estúdio improvisado, tirar as fotos para o material de campanha da eleição proporcional.

O coordenador de marketing da coligação, Paulo Buffara, apresentou a estratégia de comunicação. Enfatizou a necessidade de associar a gestão de Yeda a expressões que demonstrem os resultados obtidos ao longo do mandato. E destacou como palavras chaves: trabalho, atitude, desenvolvimento, competência e coragem.

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