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CONJUNTURA

- Publicada em 15 de Julho de 2010 às 00:00

Banco Central avalia que economia parou de crescer em maio


Jornal do Comércio
A economia brasileira parou de crescer. Em maio, o ritmo de atividade foi igual ao de abril, na primeira estabilidade após 16 meses consecutivos de expansão. A informação foi divulgada no levantamento do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Apesar dessa acomodação no mês, o número acumula expansão de 9,39% na comparação com maio de 2009. Analistas dizem que o indicador pode ser considerado uma prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB).

A economia brasileira parou de crescer. Em maio, o ritmo de atividade foi igual ao de abril, na primeira estabilidade após 16 meses consecutivos de expansão. A informação foi divulgada no levantamento do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Apesar dessa acomodação no mês, o número acumula expansão de 9,39% na comparação com maio de 2009. Analistas dizem que o indicador pode ser considerado uma prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB).

Após meses de expectativa de economistas e do próprio governo, o fim dos estímulos adotados na crise parece começar a gerar efeito mais evidente. O estudo do BC mostra que o indicador ficou em 139,55 pontos em maio, o que sinaliza que a atividade econômica ficou exatamente no mesmo patamar do mês anterior. A acomodação acontece apenas um mês depois de o mesmo índice ter mostrado, em abril, a expansão mais baixa desde dezembro de 2008.

A velocidade de crescimento da economia é, atualmente, uma das principais preocupações do BC. Para a autoridade monetária, a expansão acelerada aquece a demanda e abre brechas para o reajuste de preços, com consequente aumento da inflação.

Após a divulgação dos dados, o presidente do BC, Henrique Meirelles, foi questionado sobre o comportamento em maio. "Como é habitual não faço comentários na semana que antecede o Comitê de Política Monetária", respondeu aos jornalistas em evento no Ministério da Justiça. O Copom anuncia na próxima quarta-feira decisão sobre a Selic, o juro básico da economia.

Apesar de se recusar a comentar os dados, Meirelles afirmou que "essas informações" serão avaliadas pela instituição. "O benefício de termos um Copom a cada 45 dias é o que permite à autoridade monetária acumular informações para embasar as decisões. É por isso que o Copom não toma decisões previamente", explicou.

A nova rodada do IBC-Br não pegou o mercado financeiro de surpresa. Analistas já contavam com um ritmo menor. "É um grande indicativo de desaceleração da economia no segundo trimestre. O índice apresentou altas fortes no início do ano, mas começou a reduzir a velocidade nos últimos meses. A desaceleração e até a eventual estabilidade eram esperadas, já estão na conta dos economistas", diz o analista da Tendências Consultoria Rafael Bacciotti.

Apesar de prevista, a variação zero deu mais combustível para a corrente do mercado que aposta que o atual ciclo de aumento da taxa Selic poderá ser mais breve que o previsto originalmente. Nos negócios com juros futuros, continua a previsão de que o juro deve subir 0,75 ponto percentual na próxima semana. Mas, para essa parte dos analistas, as altas seguintes poderão ser menores que os aumentos previstos há algumas semanas porque a economia se acomodou antes do previsto. Bacciotti não está nesse grupo. O analista da Tendências argumenta que a economia deve voltar a ter aceleração no segundo semestre porque a melhora da renda e do emprego deve reaquecer a demanda das famílias. Além disso, mesmo mais caro, o crédito continuará em expansão, explica.

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