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investimentos

- Publicada em 12 de Julho de 2010 às 00:00

Porto Alegre quer atrair centro de pesquisa da GE


ELSON SEMPÉ PEDROSO/CMPA/JC
Jornal do Comércio
Porto Alegre entrou quase aos 45 minutos do segundo tempo na disputa para atrair o centro de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que a GE irá instalar no País. Mas mantém a expectativa de sediar o empreendimento, que prevê investimentos de US$ 150 milhões da multinacional e vai gerar 300 empregos.

Porto Alegre entrou quase aos 45 minutos do segundo tempo na disputa para atrair o centro de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que a GE irá instalar no País. Mas mantém a expectativa de sediar o empreendimento, que prevê investimentos de US$ 150 milhões da multinacional e vai gerar 300 empregos.

Nas últimas semanas, informações que ventilaram sobre o assunto apontaram que apenas cinco cidades continuavam na disputa: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas e São José dos Campos. A explicação é simples: é perto desses municípios que estão localizadas as 15 unidades fabris que a empresa mantém no Brasil e, por uma questão de logística e proximidade com os principais clientes, o centro de P&D ficaria nessa região.

Na quinta-feira, porém, a empresa informou que nenhuma cidade das regiões Sul e Sudeste está descartada. E aí que Porto Alegre entra. A Capital gaúcha é reconhecida como um dos polos tecnológicos e científicos mais importantes do País. E isso conta pontos. Além disso, universidades, poder público e empresas se organizam para captar o empreendimento, em uma atitude proativa. A decisão oficial acontece em 30 dias.

Os representantes gaúchos envolvidos nas negociações evitam falar sobre o assunto. Eles querem preservar os contatos que estão sendo feitos com os executivos da GE. Mas sabe-se que a inclusão de Porto Alegre na lista das possíveis cidades contempladas com esse investimento aconteceu há pouco tempo. Coube ao próprio município apresentar uma proposta oficial, quando, aparentemente, as conversas com diversos outros concorrentes já estavam ocorrendo. "Entrar nessa disputa foi uma grande vitória", aponta o secretário de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre, Newton Braga Rosa.

Existe hoje um Comitê Pró-GE, formado por cerca de 20 representantes das principais entidades, empresas e universidades gaúchas. Há um mês, uma comitiva esteve com o presidente da subsidiária brasileira da GE, João Geraldo Ferreira, em São Paulo, para apresentar o projeto gaúcho. Entre eles, três secretários de Estado - da Ciência e Tecnologia, da Fazenda e do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais - e representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), além de Newton Braga Rosa.

A GE tem em mãos uma ampla proposta na qual a Capital gaúcha é apresentada em todas as suas potencialidades. "Temos universidades que realizam pesquisas reconhecidas internacionalmente, cerca de 6,5 mil doutores e índices socioeconômicos que nos colocam como uma das principais metrópoles do Brasil", observa Rosa. Além disso, ele destaca a existência do Tecnopuc, considerado pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) o melhor parque tecnológico da América Latina.

A Pucrs, aliás, tem um papel estratégico na negociação. A universidade já possui uma relação com a GE na área da saúde, pois equipamentos do Instituto do Cérebro foram adquiridos da unidade de saúde da multinacional. "Estamos apoiando a instalação aqui. Conectamos as iniciativas e acredito que causamos uma boa impressão", destaca o diretor do Tecnopuc, Roberto Moschetta.

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