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Copa do Mundo

- Publicada em 12 de Julho de 2010 às 00:00

Espanha é campeã do mundo na África do Sul


JEWEL SAMAD/AFP/JC
Jornal do Comércio
Desde ontem e pelos próximos quatro anos, o mundo do futebol falará apenas um idioma: o espanhol. Em sua primeira final de Copa do Mundo, a Espanha confirmou o rótulo de favorita e levantou a Taça Fifa após empatar sem gols com a Holanda no tempo normal e vencer por 1 a 0 na prorrogação.

Desde ontem e pelos próximos quatro anos, o mundo do futebol falará apenas um idioma: o espanhol. Em sua primeira final de Copa do Mundo, a Espanha confirmou o rótulo de favorita e levantou a Taça Fifa após empatar sem gols com a Holanda no tempo normal e vencer por 1 a 0 na prorrogação.

A partida realizada no estádio Soccer City, em Johannesburgo, coroou o oitavo país a alcançar este feito, e manteve um tabu holandês: em três decisões, três vice-campeonatos (1974, 1978 e 2010). Assim, em um gesto de "fair play", restou aos laranjas, que chegaram à final com 100% de aproveitamento, formar uma fila e cumprimentar os vencedores quando estes já deixavam o palco após a solenidade de premiação.

Se o duelo não foi tão bonito e, por vezes, a violência predominou, coroou a atual campeã europeia, que tem sua equipe recheada de craques e que sempre esteve melhor postada em campo. Um deles, Andrés Iniesta, acabou decidindo em favor da Fúria, já aos 11 minutos da segunda etapa do tempo extra.

Antes disso, porém, o gol já poderia ter saído. As oportunidades não se acumularam, mas as que surgiram foram aquelas consideradas imperdíveis. David Villa teve a chance de fazer o seu; Sergio Ramos também. Pelo lado que acabaria saindo derrotado, Robben esteve cara a cara com Casillas em duas oportunidades, mas acabou esbarrando na muralha em que se transformou o melhor goleiro da Copa.

Assim, quando tudo se encaminhava para mais uma decisão por pênaltis em finais de Mundiais, assim como ocorrera em 1994 e 2006, surgiu o dono da festa. Houve muita reclamação por parte dos adversários, que já haviam perdido Heitinga, expulso. A verdade é que Iniesta acabou surgindo livre, na frente de Stekelenburg, e não perdoou após receber passe preciso de Fábregas. Marcou, realmente, um gol histórico, já que colocou sua nação em um grupo seleto, ao lado de Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra.

Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst (Braafheid); Van Bommel, De Jong (Van der Vaart) e Sneijder; Robben, Kuyt (Elia) e Van Persie. Técnico: Bert Van Marwijk.

Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Pique e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Fábregas), Xavi e Iniesta; David Villa (Fernando Torres) e Pedro (Navas). Técnico: Vicente Del Bosque.

Árbitro: Howard Webb (Inglaterra).

Mandela agradece a oportunidade de sediar a competição

Foi em 21 idiomas, incluindo o português, que a África do Sul se despediu do Mundial agradecendo ao planeta pela oportunidade de sediar o evento. No entanto, ainda estava por vir aquele momento que todos esperavam desde a abertura da competição, um mês atrás.

Nelson Mandela, símbolo do movimento que acabou com a segregação racial e ex-presidente do país, apareceu no Soccer City em um carrinho de golfe. Sorridente e bem agasalhado, ele acenou para os fãs que lotavam as arquibancadas horas antes da final da Copa para assistir a um espetáculo visual belíssimo. Primeiro, centenas de pessoas se uniram para formar uma vuvuzela gigante e anunciar a primeira atração da noite: a cantora colombiana Shakira, que, ao lado da banda sul-africana Freshlyground, cantou "Waka Waka", o tema oficial da competição.

Com os dançarinos formando ao final da apresentação a expressão For África (Para a África), voltaram as animações, surgiram as bandeiras dos participantes que, juntas, formaram o desenho do continente africano. Na sequência, diversos elefantes brancos (enormes bonecos comandados por pessoas) adentraram ao gramado, que tinha a animação de um lago. Enquanto eles "bebiam água", lances da Copa eram exibidos para encaminhar o encerramento da celebração, quando dois grandes blocos de pessoas formaram os finalistas que, junto com a Taça Fifa, foram saudados com fogos de artifício.

"Ganhar um Mundial não tem palavras", diz o herói da Espanha

A alegria de um herói. Poucos estavam tão eufóricos após a final da Copa do que Iniesta. Nada mais justo. "Ganhar um Mundial não tem palavras", disse o autor do gol da vitória sobre a Holanda ainda no gramado do Soccer City.

Já fora do calor do jogo, mas ainda sendo interrompido pela festa de seus companheiros, o atleta do Barcelona voltou a comentar o seu feito. "Esse é um gol para recordar e se orgulhar, mas apenas dei a minha contribuição", ressaltou ele, sem deixar de lembrar a importância de cada integrante do grupo na conquista espanhola.

Para o técnico Vicente Del Bosque, a vitória extrapola o limite das quatro linhas. "Acho que a Espanha merecia esse campeonato, e isso vai além do âmbito esportivo. Estamos muito felizes em poder dar este orgulho ao país."

Uruguaio Forlán é o craque da Copa

O uruguaio Diego Forlán foi eleito o craque da Copa e ganhou a Bola de Ouro entregue pela Fifa. O holandês Sneijder ficou em segundo, e o espanhol David Villa, em terceiro. O troféu de revelação foi para o meia Müller, da Alemanha, que também venceu, nos critérios de desempate, o prêmio Chuteira de Ouro, mesmo marcando o mesmo número de gols (cinco) que Forlán, Villa e Sneijder.

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