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eleições

- Publicada em 12 de Julho de 2010 às 00:00

Partidos fazem campanha no Brique da Redenção


Jornal do Comércio
O colorido dos partidos tomou conta do Brique da Redenção ontem, onde diferentes siglas realizaram atos e demarcaram a largada da campanha no principal ponto de encontro dos porto-alegrenses no final de semana. Sem a presença de Tarso Genro, o PT simbolizou a pluralidade que vem sendo levantada pelo seu candidato ao governo do Estado nas bandeiras dos aspirantes ao Senado Federal carregadas pelos militantes.

O colorido dos partidos tomou conta do Brique da Redenção ontem, onde diferentes siglas realizaram atos e demarcaram a largada da campanha no principal ponto de encontro dos porto-alegrenses no final de semana. Sem a presença de Tarso Genro, o PT simbolizou a pluralidade que vem sendo levantada pelo seu candidato ao governo do Estado nas bandeiras dos aspirantes ao Senado Federal carregadas pelos militantes.

O candidato do PT ao Senado, Paulo Paim, participou da caminhada que concentrou maior número de militantes e siglas. Ao lado de Jussara Cony, Raul Carrion, entre outros partidários do PCdoB, deu sua garantia de que está preparado para mais um mandato. "Tudo o que prometi há oito anos atrás posso dizer que aprovei: o salário-mínimo, o estatuto do idoso, o estatuto do deficiente, a igualdade racial aprovada e sancionada. Tenho trabalhado muito no próximo projeto", afirmou.

O Fundo de Investimento de Ensino Técnico Profissionalizante é um dos projetos que têm concentrado atenções de Paim. "Essa iniciativa gerará R$ 9 milhões para a formação técnica de jovens", afirmou. Disse também que pretende buscar a redução da carga horária dos trabalhadores sem redução de salário. "Ao mesmo tempo queremos fazer a compensação para o empregador", ressalvou o senador.

A militante Cláudia Quadros não esqueceu o tradicional vermelho do partido, mas enfatizou que essa eleição será mais alegre com as novas cores. "O laranja traz a criatividade, a emoção, e o lilás é a cor das mulheres e está instituída", brincou.

O coordenador da campanha dos senadores petistas, Adeli Sell, afirmou que o colorido representa a diversidade do povo gaúcho. "Os senadores trabalham a diversidade e o respeito às diferenças, desde a juventude, ao idoso e ao trabalhador em geral. Mas mantemos a nossa bandeira vermelha, indiscutivelmente", disse. Sell contou que a partir deste final de semana será comum nas ruas bandeiras em verde, amarelo e azul. "Já mandamos fazer várias bandeiras e a da Dilma tem muito do nosso País em defesa do ambiente". Conforme Sell, a indicação de campanha é vincular o nome do candidato à reeleição Paulo Paim ao da candidata à presidência Dilma Rousseff e ao Rio Grande do Sul.

O militante comunitário Assis Olegário Filho afirmou que o vermelho tradicional do PT faz parte da história. "O partido foi fundado em 1980 como de esquerda e o vermelho era uma cor identificada com os movimentos socialistas dos trabalhadores. Até por isso os outros partidos de esquerda também utilizam por significar a luta e o desprendimento". Ele considera que a adição de cores é positiva, por atender a uma reivindicação de petistas gremistas. "O verde também é reivindicação da luta ecológica e a questão do lilás é a luta das mulheres, identifica a luta feminista e também tem as cores do arco-íris do movimento GLBT. O partido é plural e tem identificação com diversos segmentos da sociedade", argumentou. A militante Sueli de Fátima Mousquer levou para a Redenção uma das primeiras bandeiras em verde e amarelo com o nome da candidata Dilma. "Essa bandeira representa um movimento histórico para o País, será a primeira mulher presidente do Brasil, representando nossa multiculturalidade e vai fazer um Brasil melhor ainda mais que o presidente Lula". Ela espera do candidato Tarso, que cumpria agenda no Interior ontem, um governo que faça do Rio Grande do Sul um estado importante como foi no passado. Petista há mais de 30 anos e coordenador do conselho popular da Lomba do Pinheiro, Francisco Geovane de Sousa, participa de movimentos sociais desde a década de 1980. Para ele, a transformação do Brasil depende da organização e da conscientização da população.

"Os movimentos sociais têm papel importante no fomento à cidadania na busca de direitos e o PT é o partido que tem trazido essa perspectiva de forma mais consiste com os governos municipais e estaduais no Estado". Relembrou a perspectiva mundial alcançada pelos movimentos quando o Fórum Social Mundial aconteceu pela primeira vez em Porto Alegre. "O fórum foi um patamar para a construção de políticas públicas às pessoas que têm uma vulnerabilidade social grande". Para ele, as novas cores petistas demonstram a forma de transformar a sociedade. "Isso para mim é muito importante", comemora.

P-Sol aposta na militância de rua

Com o candidato ao governo do Estado, Pedro Ruas, o P-Sol esteve presente na caminhada pelo Brique da Redenção. O coordenador de campanha Roberto Robaina disse estar otimista com a recepção da campanha de rua do partido. Sobre a sujeira na cidade ocasionada pelos santinhos, Robaina foi pontual: "Não tem saída, temos que fazer a campanha eleitoral e distribuir nossos materiais. A diferença é que não somos um partido sustentado por grandes empresas, basta olhar a folha de receita do PT, do PMDB e do PSDB para perceber que esses partidos são sustentados pelos bancos", destacou.

A campanha de rua será intensificada nas próximas semanas. "Já que não temos tempo de televisão, aumentamos militância nas ruas".

Do ponto de vista do tamanho do partido, ter sido o primeiro candidato oficializado para a campanha majoritária foi o diferencial do P-sol. "No TRE, fomos os primeiros e também fizemos o primeiro comício dia 6", contou. Outra personalidade feminina do partido, Luciana Genro disse não se incomodar com a campanha de rua por ser uma prática do P-sol o ano inteiro. Agora o objetivo é pedir voto. "Fazemos campanha na Esquina Democrática durante todo o ano, segundas-feiras ou sextas-feiras são os dias de comício", afirmou.

A candidata a vice Marliane dos Santos estava satisfeita com a movimentação dos diferentes partidos. "Em comparação com os outros anos, vemos que tem mais movimentos de outros partidos". Destacou que semana passada o P-sol estava sozinho no Brique. "A democracia referenda as eleições e parece que será bem participativa".

PDT e PV marcam posição no primeiro dia de campanha

O PDT levou dois tipos de materiais gráficos para a campanha no Brique na abertura da campanha esse final de semana. "Temos material institucional do mandato parlamentar do deputado Vieira da Cunha, que é anterior ao início da candidatura, e temos o material de campanha, que é o santinho básico tradicional", informou Rodrigo Leal, membro da executiva de Porto Alegre. Jornais e outros itens mais completos estão sendo elaborados e devem entrar na campanha semana que vem. O CNPJ trabalhista foi liberado no dia 6 de junho. "Começamos a produzir o material no dia 8 e só ficou pronto ontem, hoje é nosso primeiro dia com material".

O PV começou a campanha ontem e ainda não está com o material impresso pronto. "A maioria dos candidatos já está fazendo sua propaganda virtual, mas vamos concentrar mais esforço no último mês", afirmou Geraldo Oliveira, secretário do PV metropolitano.

O candidato ao governo pela sigla, Montserrat Martins, disse que a caminhada com um caixão carregado por militantes ambientalistas até o Monumento dos Expedicionários pretende alertar a sociedade sobre o problema da alteração do Código Florestal, que vem sendo feita sem discussão com a população. "Na economia não é um ganho, os cientistas já comprovaram as alterações climáticas que acontecem em função do desequilíbrio ambiental", afirmou. A campanha do PV será intensificada na rua a partir da mobilização de ambientalistas e simpatizantes de outras siglas.

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