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Fapergs

- Publicada em 07 de Julho de 2010 às 00:00

Moraes comemora o orçamento de R$ 110 milhões para 2011


Gabriela Di Bella/JC
Jornal do Comércio
Foram alguns anos sem fôlego, mas os investimentos públicos em pesquisa no Rio Grande do Sul começam a ser retomados, em um movimento que passa, especialmente, pela recuperação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia. A expectativa é que o orçamento total para a instituição, que esse ano superou os R$ 20 milhões, triplique em 2011. Somadas às contrapartidas federais, o Estado poderá ter um total de R$ 110 milhões no próximo ano.

Foram alguns anos sem fôlego, mas os investimentos públicos em pesquisa no Rio Grande do Sul começam a ser retomados, em um movimento que passa, especialmente, pela recuperação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia. A expectativa é que o orçamento total para a instituição, que esse ano superou os R$ 20 milhões, triplique em 2011. Somadas às contrapartidas federais, o Estado poderá ter um total de R$ 110 milhões no próximo ano.

"Tínhamos a esperança de uma retomada dos investimentos no médio prazo, mas a recuperação da economia ajudou", destaca o diretor-científico da Fapergs, Osvaldo Moraes. Isso tornou possível que a entidade programasse um calendário de lançamentos de projetos de apoio e fomento à pesquisa. Um dos grandes destaques dessa reestruturação foi a modificação na forma de apresentação do programa de bolsa de iniciação científica. Anteriormente, os pesquisadores faziam a solicitação direto à Fapergs. Com a mudança, as bolsas passaram a ser destinadas às instituições de ensino do Estado, que, então, as distribuem ao seu corpo docente.

O número de bolsas duplicou e, a partir de agosto, o valor da mensalidade pago ao bolsista passará de R$ 300,00 para R$ 360,00. Também está em julgamento o edital do Pesquisador Gaúcho, que fomenta todas as áreas do conhecimento, nos mesmos moldes do Edital Universal do CNPq. "Há muitos anos não existia um edital como esse na fundação", observa.

Todos os projetos submetidos demandariam recursos de R$ 40 milhões. Como apenas R$ 7 milhões estão disponíveis, um comitê de avaliação vai escolher os contemplados. Também estão previstos dois editais inovadores. O primeiro deles é o Mudanças Climáticas e Eventos Extremos, cuja ideia é apoiar grupos de pesquisa no Estado para estudar o cenário atual e futuro a partir das mudanças climáticas, bem como isso deve afetar áreas como economia, saúde e transporte. O outro edital é o que envolve a criação dos Núcleos de Inovação e Transferência de Tecnologia e Cientometria. A Fapergs passou por sérias dificuldades nos últimos anos, com falta de recursos para o investimento em pesquisa e, até mesmo, uma longa ausência de alguém para ocupar o cargo de presidente. A situação levou, em meados de 2008, representantes empresariais e da comunidade cientifica a procurarem a Assembleia Legislativa e a governadora Yeda Crusius para debater essa situação.

Para Moraes, a entidade passou por estes problemas por falta de interesse dos governos e do próprio abandono da entidade pelos pesquisadores. "Não tivemos uma política científica efetiva nos últimos 15 anos. Parte da comunidade científica, quando sentiu que a entidade estava chegando em uma situação de quase insolvência, virou as coisas para a fundação", observa, comemorando, agora, o resgate da credibilidade da fundação junto aos pesquisadores.

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