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CASO ELISEU SANTOS

- Publicada em 27 de Maio de 2010 às 00:00

PTB quer encerrar o assunto e prega a união no partido


Gabriela Di Bella/JC
Jornal do Comércio
Exaltação ao partido e críticas a "opositores que buscam prejudicar a legenda na eleição". Esse foi o tom dos discursos da reunião de ontem entre o novo presidente do PTB porto-alegrense, deputado estadual Cassiá Carpes, e a bancada da legenda na Câmara Municipal.

Exaltação ao partido e críticas a "opositores que buscam prejudicar a legenda na eleição". Esse foi o tom dos discursos da reunião de ontem entre o novo presidente do PTB porto-alegrense, deputado estadual Cassiá Carpes, e a bancada da legenda na Câmara Municipal.

A pauta oficial era a apresentação da estrutura petebista no Legislativo ao novo dirigente. Porém, o objetivo que pairou no ar durante todo o encontro foi um só: sepultar de uma vez por todas os respingos do caso Eliseu Santos dentro do partido.

O encontro foi uma injeção de autoestima para a cúpula trabalhista em Porto Alegre, que assistiu nesta segunda-feira ao licenciamento do ex-presidente José Carlos Brack. Ele deixou o comando do partido - que exercia há cinco anos - após se tornar réu no processo que investiga a morte do ex-vice-prefeito e ex-secretário de Saúde da Capital, Eliseu Santos (PTB), assassinado em 26 de fevereiro.

"Quanto menos falarmos nesse assunto, melhor para nós." Foi essa a ordem dada ontem pelo novo presidente metropolitano. A intenção é evitar ao máximo a repercussão do indiciamento de Brack na candidatura do deputado estadual Luís Augusto Lara ao governo do Estado.

A aceitação pela Justiça da denúncia do Ministério Público (MP), que relaciona Brack ao crime, preocupou os líderes do partido. "Perdemos um pai. Isso nos deixou desorientados e em conflito", desabafou o diretor do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), Humberto Goulart.

O ex-vereador foi categórico ao ressaltar a importância de a legenda permanecer unida: "O PTB precisa de um líder no momento em que tentam nos abalar", declarou.

Os trabalhistas alegam que há interesse de opositores em fustigar a candidatura de Lara. O vereador Dj Cassiá foi ovacionado pelas lideranças após enfatizar, em tom ameaçador: "Estamos dando um recado, não brinquem com a gente, pois viemos para ganhar essa eleição".

O novo vice-presidente metropolitano, vereador Maurício Dziedricki, disse que o foco do PTB deve ser o fortalecimento para a disputa ao Palácio Piratini. "Fazemos política para quem gosta da gente, quem não gosta vai ter que nos engolir", afirmou.

A crise no PTB aumentou na sexta-feira passada, quando o juiz Ângelo Furlanetto Ponzoni, da 1ª Vara do Júri, acolheu pedido do MP para incluir Brack como réu no processo que investiga a morte de Eliseu Santos.

Ao contrário da Polícia Civil, que sustenta que a morte do político foi latrocínio (roubo seguido de morte), o MP endossa a tese de que o crime tem relação com o esquema de cobrança de propina na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), quando Eliseu era titular da pasta.

A denúncia veio à tona em maio de 2009, quando Jorge Renato Hordoff de Mello, diretor da empresa Reação - que fazia a segurança dos postos de saúde da Capital -, afirmou que o então assessor jurídico da SMS, Marco Antônio de Souza Bernardes (PTB), cobrava propina do prestador de serviço.

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